Politica e afins
*Multidões saíram às ruas das capitais brasileiras no
domingo, de forma pacífica e ordeira, para protestar contra o governo da
presidente Dilma Rousseff e o seu Partido dos Trabalhadores. A marcha, chamada
pelas redes sociais, surpreendeu os que dela desdenhavam.
*Na história destes 30 anos de redemocratização política
nenhum governante enfrentou o “clamor das ruas” da forma como vem acontecendo
neste início de segundo mandato de Dilma Rousseff. A indignação encontra
motivação na crise econômica e no elevado grau de revelações de atos de
corrupções por parte de políticos e seus apadrinhados que tomaram de assalto
importantes espaços na máquina do Estado brasileiro, onde a roubalheira na
Petrobras exibe sua face mais emblemática.
*As medidas de reajuste da economia anunciadas por Joaquim
Levy, o ministro banqueiro, não têm agradado nenhum setor produtivo e nem aos
brasileiros, em geral. Ressalve-se, aqui, aqueles que têm compromissos de ordem
político-partidária com o governo federal; ou que dele se sirvam para alguma
forma de locupletação.
*O grito de milhões no domingo pelo “Fora Dilma” não é exatamente
para expurgar do cargo a presidente democraticamente eleita, ainda que por
escassa maioria de votos em outubro do ano passado. A rigor, ao escolher um
alvo específico, o que deseja o manifestante deseja é a contenção da inflação a
níveis toleráveis, a expansão da produção, geração de mais empregos e a
possibilidade de acesso ao bem estar social, com qualidade nos serviços
públicos e ética na política.
*Outras datas já estão sendo articuladas para mobilizar
contingentes ainda maiores em direção a novos protestos. No domingo a reforma
política foi um dos temas mais lembrados. Tomara que os congressistas, no
Senado e na Câmara dos Deputados, em Brasília, tenham ficado de olho nas
transmissões veiculadas pelos meios de comunicação e delas tirado lições vitais
para as suas ações em direção aos anseios populares.
*Nos próximos meses veremos o que resultou dos movimentos de
março. Medidas deverão ser tomadas por aqueles que foram os alvos nos
protestos. Tomara que percebam a insuficiência da proclamação de medidas de
prevenção de incêndio no momento em que as chamas se alastram pelo ambiente.
Tomara...
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