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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.



A grande onda

        De repente, parece que o Brasil acordou. Este foi o tom das analises de especialistas em ciência política e comportamento nos debates do final de semana, através dos meios de comunicação. Uníssonos, eles apontaram para a perplexidade dos agentes políticos, que ainda vivem numa espécie de mundo analógico, enquanto a sociedade transita pelo tempo digital. Existe um vácuo entre o “estabilishiment” e o pulsar das ruas, que resulta nos depoimentos escritos em cartazes e na voz de quem concede entrevistas comunicando que não se sente representado pelos partidos e pelos políticos, por conseguinte. Tão forte é o sentimento que se criam condições férteis para a radicalização da dispensa das estruturas partidárias como elemento de mediação fundamental para o funcionamento da democracia formal.
         Ora, sem partidos fortes não existe democracia sólida. Assim como é um risco para democracia a fragilização partidária patrocinada por partidos e políticos distanciados dos anseios da sociedade e que fazem da “práxis política” um meio para a compra e venda de vantagens pessoais ou de grupos, que viram as costas para o bem estar social. Depois da grande onde de manifestos sobrará rica ocasião para passar o Brasil a limpo, de verdade. A classe política, hoje imobilizada e estupefata, precisa regaçar as mangas e restabelecer canais de diálogo urgente e inspirador de confiança para um pacto novo, onde se encurte o abismo entre representante e representado. Caso contrário, a imobilidade do governo, em todos os níveis, vai impor prejuízo incalculável para o desenvolvimento sustentável do País. 
        Neste tempo de ebulição social é imprescindível que o poder político seja capaz de gestos grandes, resultantes do aprendizado extraído das manifestações populares, para devolver esperanças de uma nova ordem que aponte para um novo tempo com perspectivas de vida social e melhor.


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