Afora a aguda crise econômica, o Brasil está mergulhado em
profunda crise política. Por conta disso vivemos dias de “ventos e marés”. O conjunto
da sociedade mostra nas ruas a dicotomia. A jovem democracia brasileira
experimenta a sua maturidade. Nas redes sociais “coxinhas” e “petralhas” travam
batalhas de opiniões com conteúdos que, não raro, têm a profundidade de uma
poça d’água. Relações afetivas e sociais são abaladas pero furor das paixões.
Só que não é este “fogo” ardente que resolve - de fato - o dilema. Os projetos
de poder nascem em outras vertentes e desaguam no grande mar dos interesses
menores, quase sempre. As crônicas políticas e policiais estão mostrando a
realidade para quem quiser ver para além dos limites da provisoriedade. Para
tal é fundamental abrir o foco para fora do ângulo onde as “torcidas” ganham
contorno de manadas.
Depois da passagem desta “grande onda” o que restará? Para
onde vamos? O que será feito com a frustração das expectativas médias?
Francamente, gostaria de ter plenas certezas para poder seguir em direção a
algum engajamento mais consequente. Aturdido, como tantos - por certo -, apenas
tateio um caminho quase instintivo em meios às incertezas causadas pelo dor de
falta de maiores clarezas.
Confesso: sinto profunda inveja daqueles que
“esnobam” sabedoria nas redes socais. Alguns se apresentam de tal forma que
mais parecem príncipes. Não os príncipes de “sangue real”, mas aqueles que
desfilam pelas avenidas da arrogância e se assemelham aos que se fantasiam no
carnaval e resistem (bravamente) até as cinzas da quarta-feira.
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