*O vereador Irani Teixeira teve o seu nome indicado para
concorrer a prefeito de Cachoeirinha nas eleições do próximo ano. A conclamação
foi feita diante da Conferência Municipal do Partido Comunista do Brasil, que
teve lugar na Câmara de Vereadores, na tarde de sábado passado.
*Adalberto Frasson e Néio Lúcio Pereira, da direção estadual
do PC do B, vieram ao evento partidário para endossar as posições do vereador,
que tem sido um dos mais aguerridos fiscalizadores dos atos do prefeito Vicente
Pires (PSB).
*Desta forma, o PC do B provoca os partidos de oposição a
avançarem no processo de discussão a respeito do quadro sucessório, neste lado
de cá da ponte. As eleições dos últimos anos deve ter deixado o legado de que
separados em função de projetos individuais e personalistas o caminho fica
livre, leve e solto para o continuísmo.
*A oposição unida vai enfrentar uma verdadeira máquina de
triturar adversários. Seja quem for o candidato situacionista ele contará com
estrutura logística e irrigação financeira para “deitar e rolar”. Via de regra,
é sempre assim para quem está no comando de uma máquina administrativa que
atrai interesses das mais diversas ordens.
*De outra parte, o candidato situacionista - seja ele quem
for - terá explicações a dar para o quanto deixou de ser feito ao longo dos
mandatos ininterruptos do Partido Socialista Brasileiro à frente de uma das
prefeituras que mais arrecadam no RS.
*Basta transitar pela cidade para perceber o descaso, o
abandono e a falta de atendimento às questões mais básicas de que carece a
coletividade. Na região central, por exemplo, o símbolo da má gestão do poder
público aparece aos pés dos passantes, que circulam por calçadas esburacadas ao
longo da avenida Flores da Cunha. Salvo e outro trecho, verdadeiras crateras
dificultam a mobilidade urbana.
*Este é o resultado de quem “criou limo” na condução da
administração pública. Encastelam-se nos gabinetes refrigerados e perderam o
saudável hábito de circular por onde estão os pagadores de impostos. Permanecem
longe do “pulsar das ruas”.
*Ora, diante de tanto o que precisa ser feito (e de forma
diferente, tanto quanto urgente), a notícia do surgimento do indicativo de uma
candidatura com perfil ousado e aguerrido já é algo alvissareiro. A tarefa tem
dimensões de epopeia. Neste momento soa como alvo intangível, embora impossível
não seja. É certo que os continuados governos do PSB, do lado de cá do Rio
Gravataí, têm o seu “tendão” de Aquiles, em franco processo de exposição. Basta
fazer com que os eleitores consigam identifica-lo.
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