Política e afins
*A julgar pelo que circulou nas redes sociais na semana
passada (e o desmentido não aconteceu), o deputado federal José Stédile (PSB)
pretende disputar o comando da prefeitura de Cachoeirinha nas eleições de 2016.
*O Gringo, como a ele se referem os íntimos, já foi prefeito
municipal deste lado de cá da ponte por oito anos. Cumpriu primeiro mandato pelo
Partido dos Trabalhadores. Após a reeleição coordenou a migração para o Partido
Socialista Brasileiro, para construir um projeto de poder pessoalíssimo, por
assim dizer.
*De seu “circulo de poder”, Stédile projetou o pupilo
Vicente Pires, que no próximo ano conclui o segundo mandato como prefeito, onde
teve realizações importantes no exercício da primeira administração sob o seu
comando. Chega ao fim da segunda gestão com apatia administrativa de dar dó.
*Claro, não se pode negar que o prefeito Vicente Pires
enfrenta uma realidade macroeconômica desfavorável, com crédito financeiro mais
raro e juros nas alturas. E também com desgaste natural em função da
longevidade no cargo. Afinal, ele e seus companheiros completarão 16 anos
ininterruptos no núcleo de comando da prefeitura.
*Em tese, o poder exercido pelos mesmos por tempo demasiado
longo desgasta e provoca a chamada frustração das expectativas, principalmente
quando demandas básicas da sociedade deixam de ser atendidas. Se alguém duvida
da tese, circule pelos bairros de Cachoeirinha e entabule uma conversa com os
moradores de qualquer um dos quatro cantos do município.
*Teoricamente, o campo é fértil para o surgimento de
candidatura alternativa á proposta continuísta. Ninguém, de sã consciência,
ignora o “poder de fogo” do PSB. O partido dispõe de recursos humanos e
materiais para acionar a sua “máquina eleitoral”. Financiadores estão de plantão.
Essa gente sempre aparece para bancar eleições. Claro, e cobrar a conta depois.
*As oposições têm, em 2016, excelente oportunidade para
superar rusgas e construir nomes para oferecer aos eleitores a possibilidade de
alternância no poder. A tarefa é dificílima para os líderes partidários que
resistiram à lei de atração ao “status quo”. Caso consigam superar questões
menores poderão estar juntos em função de causa maior: ganhar a eleição para
oxigenar a máquina administrativa municipal.
*Juntos a façanha ganhará contornos épicos no cenário
político local. Separados irão para uma aventura com destino certo e sabido: o
fracasso rotundo. Razão pela qual só existe uma “bala de prata”. A falta de
precisão não encontrará o centro do alvo; nem por milagre.
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