Política e afins
*Janeiro e fevereiro são meses áridos para a crônica
política local. É tempo de férias e os políticos de Cachoeirinha também
apreciam o sol e mar. Alguns, como os mortais não tão comuns, preferem o
frescor da Serra Gaúcha. Na Câmara de Vereadores, por exemplo, poucos marcam
presença.
*Em verdade, o Poder Legislativo funciona sob a
responsabilidade de uma Comissão Representativa de vereadores. Caso ocorra
alguma Sessão Extraordinária todos são imediatamente convocados para apreciar e
votar matéria pertinente.
*Passado o carnaval é que a roda da política inicia o giro.
Aliás, no Brasil o ano começa com vigor depois da quarta-feira de cinzas. Tal,
por cultura, vale para muitos dos segmentos da economia.
*Faltando menos de dois anos para as eleições municipais, neste
2015 as peças começam a ser colocadas no tabuleiro. Jogadas são ensaiadas para calcular possíveis
resultados. Somente os amadores esperam a banda passar para cair na dança.
*Na corrida eleitoral os vereadores largam em vantagem
contra os outros concorrentes a uma vaga no Poder Legislativo. Cada um dos 17
eleitos no último pleito municipal conta com excelente estrutura para montar a
logística de campanha: cota de gasolina, telefone, horário livre, assessoria e
prestígio conquistado pelo trabalho desenvolvido durante o mandato.
*Os vereadores da chamada “base de governo” ainda podem
contar com o apoio da administração municipal, o que significa atender os
eleitores com maior presteza e a possibilidade de indicar pessoas de confiança
para fazer parte da “máquina de governo”. Um bônus para “mimar” a
companheirada.
*Já a oposição fica numa espécie de “limbo”, lugar de onde
resta espernear para não cair na zona umbralina da política da aldeia. Em Cachoeirinha apenas dois vereadores estão
nesta situação: Irani Teixeira (PC do B) e Rosane Lipert (PT). Ao menos por
enquanto.
*Convenhamos: a rigor é bem mais fácil ser oposição neste
lado de cá da ponte do que “tirar as caras” por esta administração municipal
mequetrefe. Obras não aparecem, investimentos em quase todas as áreas inexistem
e a perspectiva de algo melhorar não está no horizonte, apesar de a arrecadação
para este ano bater na casa dos R$ 400 milhões de reais.
*À oposição basta andar nas ruas para escolher onde bater,
tantas são as demandas não atendidas à população, nos mais variados setores. Salta
aos olhos a ineficiência na prestação de serviços públicos com a mínima
qualidade. Algo que não pode passar ao largo da cidadania, especialmente em um
município diminuto e rico.
*Aliás, as redes sociais se constituem em excelente meio
para divulgação de coisas boas e ruins. Além de postar selfies, decoração de
ambientes, receitas de bolo e registar momentos pessoais de lazer e
entretenimento, cada usuário também poderia contribuir para exigir melhoria nos
serviços públicos, inclusive os delegados por concessão. Hoje, com telefone
celular em mãos, o indivíduo é um repórter com potencial para mostrar ao mundo
a particularidade do que vê. Duvido que milhares de postagens sobre referido
tema não cause alguma ação pró ativa em favor da coletividade.
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