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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


        Sou privilegiado. Resido perto de meu trabalho. Ando de ônibus, vez em quando, por opção e para não me estressar dirigindo neste trânsito maluco. Mas, imagino como devem estar todos aqueles que precisam diariamente, sem outra alternativa, usar o transporte coletivo em Cachoeirinha, para trabalhar, ir ao médico ou mesmo visitar alguém, depois de verificar que está pagando um dos maiores valores da 
Região Metropolitana de Porto Alegre.   Claro, claríssimo, a autorização para o aumento veio após as eleições. 


        É sempre assim. Novidade zero. O governo municipal repete velhas práticas. E na campanha diziam que o "prefeito era pra gente". Qual gente, afinal, poderão perguntarão os menos atentos. O aumento da passagem responde, de pronto, a eventual pergunta. Além de vozes isoladas de usuários inconformados, nenhum vereador em fim de mandato, reeleito ou eleito se manifestou. Ainda não. Silêncio é obsequioso. Em outros tempos os chamados "movimentos sociais" já estariam com a "boca no trombone". 


         É o que dá uma sociedade sem espaços para o contraditório. Sempre tive um "pé atrás" com a ideia da "unanimidade", tão perseguida pela cúpula política do lado de cá da ponte, cujo projeto de poder uniu, até aqui, partidos sem menor identidade ideológica minimamente sustentável. Eis, pois, o quadro da inércia. Mas, a história é o movimento do homem no tempo. Sou um otimista inveterado. Não é possível que ninguém sinta o pulsar das ruas... E não me venham com a justificativa simplista de que as urnas "falaram", e basta. Votos oposicionistas, brancos e nulos também têm origem nas urnas. Eles de nada valem? Enganam-se os que se deitam em "berço esplêndido". Que vergonha!

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