Região Metropolitana de Porto Alegre. Claro, claríssimo, a autorização para o aumento veio após as eleições.
É sempre assim. Novidade zero. O governo municipal repete velhas práticas. E na campanha diziam que o "prefeito era pra gente". Qual gente, afinal, poderão perguntarão os menos atentos. O aumento da passagem responde, de pronto, a eventual pergunta. Além de vozes isoladas de usuários inconformados, nenhum vereador em fim de mandato, reeleito ou eleito se manifestou. Ainda não. Silêncio é obsequioso. Em outros tempos os chamados "movimentos sociais" já estariam com a "boca no trombone".
É o que dá uma sociedade sem espaços para o contraditório. Sempre tive um "pé atrás" com a ideia da "unanimidade", tão perseguida pela cúpula política do lado de cá da ponte, cujo projeto de poder uniu, até aqui, partidos sem menor identidade ideológica minimamente sustentável. Eis, pois, o quadro da inércia. Mas, a história é o movimento do homem no tempo. Sou um otimista inveterado. Não é possível que ninguém sinta o pulsar das ruas... E não me venham com a justificativa simplista de que as urnas "falaram", e basta. Votos oposicionistas, brancos e nulos também têm origem nas urnas. Eles de nada valem? Enganam-se os que se deitam em "berço esplêndido". Que vergonha!