Hora de engenharia política
Depois da eleição, na qual foi reeleito com histórica votação para um segundo mandato, o prefeito Vicente Pires (PSB) foi descansar em sua residência de verão, em Imbé, no Litoral Norte. Claro, claríssimo que o chefe do Poder Executivo não se dedicou apenas a fazer longas e bucólicas caminhadas à beira mar. Tampouco ocupou considerável parte de seu tempo a jogar anzóis na água em busca de peixes para fritar em fogo brando e degustar as iguarias com cerveja bem gelada.
Vicente fez a chamada retirada estratégica, principalmente depois que as urnas revelaram os eleitos. E também aqueles que, fatalmente, deverão pleitear colocação na montagem da máquina administrativa, que tem data para ser anunciada: 1º de novembro. É com o novo quadro de colaboradores que o prefeito pretende cumprir as promessas de campanha. E assim implementar uma marca indelével em sua passagem pela prefeitura de Cachoeirinha. Convenhamos, condições não lhe faltarão. Afinal, vai dispor de orçamento na casa do bilhão. Contará com uma base aliada na Câmara de Vereadores sem oposição, exceto pontualmente. No popular: está com a faca e queijo nas mãos. Para se banquetear. O desafio de Vicente, pois, é complicada acomodação da aliança que contribui para a sua reeleição. O jogo das cadeiras é que está, sem dúvida, na ordem do dia da agenda política do prefeito. Precisa atender aos interesses, e a “fome” por cargos, dos partidos aliados. Inevitavelmente haverá choro e ranger de dentes. Vicente, que não vem de ontem, está com um olho no município e o outro do lado de lá da ponte. Seus movimentos administrativos e políticos imediatos servirão para balizar 2014 e 2016.