Categorias

Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Ousadia


    Quem julgou que o funcionalismo municipal de Cachoeirinha não teria fôlego para segurar por mais de uma semana a greve da categoria, que iniciou tão logo o prefeito Miki Breier (PSB) fez aprovar na Câmara de Vereadores um “pacotaço” de Leis para ajustar as contas públicas, caiu do cavalo. 
    As medidas do Poder Executivo atingiram os bolsos dos funcionários em todos os setores, com perdas de vantagens acumuladas ao longo de vários governos, especialmente nas administrações do PSB, com os mandatos alongados e consecutivos de José Stédile e Vicente Pires. 
    Então, a greve se alonga por mais de trinta dias e o impasse continua. Grevistas querem que o prefeito revogue o “pacotaço”. O professor Breier não dá sinal de disposição para atender o pleito dos servidores. E, por conta disso, os serviços públicos que já não eram de primeira em vários setores estão entrando em colapso e população se sente como o marisco, entre mar e rochedo. 
     Na sexta-feira os grevistas deram mais uma cabal demonstração de força e mobilização. Depois de uma caminhada pela avenida Flores da Cunha, desde a prefeitura até a ponte por sobre o Rio Gravataí, o trânsito foi interrompido tanto para quem se encaminhava para sair ou entrar no município. 
    Façanha tamanha só ocorreu em outras duas ocasiões nas manifestações nacionais de 2013. Essa medida extrema revela o nível de antagonismo existente o governo e funcionalismo. 
    Mas, a pergunta que não quer calar é a seguinte: até quando esse “cabo de guerra” vai ser puxado? Ora, cabe ao governante da hora encontrar o caminho para o fim da crise. Esse é um dos ônus do cargo. E quem pede votos para se eleger deve saber que na arte de governar tem o tempo do bônus e do ônus. Neste momento Miki Breier experimenta o gosto amargo do fel. 
    Cabe a ele achar o rumo na direção dos favos de mel. Caso contrário estaremos ,todos, lascados...



Um comentário:

  1. Cachoeirinha vive os efeitos de uma dupla negação: a negação da política como instrumento de resolução de conflitos, e a negação da responsabilidade, tanto dos atuais mandatários,como das gestões anteriores, todas do mesmo partido, que oscilou entre irresponsabilidade fiscal e autoritarismo rasteiro. A baixa qualidade dos serviços públicos de Cachoeirinha são a única coisa invariável. Mesmo nos tempos da bonanza, eles nunca foram grande coisa.

    ResponderExcluir

Seguidores