A primeira grande medida de impacto do governo do prefeito
Miki Breier (PSB) foi o envio para a Câmara de Vereadores de um pacote de leis
que suprimiram vantagens do funcionalismo, neste lado de cá ponte.
O chefe do
Poder Executivo justificou a medida como forma de equilibrar as contas públicas
e poder fazer funcionar para o conjunto da sociedade a máquina da prefeitura.
Como resposta às medidas uma greve nos serviços públicos foi deflagrada e já
dura quase trinta dias, com setores parados ou funcionando a “meia boca”.
Uma
das táticas dos grevistas, em retaliação, foi divulgar os salários do prefeito e
do vice-prefeito, Maurício de Medeiros (PMDB). O primeiro recebe bruto cerca de
R$ 27.000, e o segundo R$20.000, se constituindo em salários acima da média dos
prefeitos e vices de grandes capitais.
Depois da grita geral nas redes sociais
e na imprensa, na semana passada, Miki e Maurício resolveram fazer uma doação
de parte de seus salários para obras assistenciais e emergenciais de
Cachoeirinha, sob a coordenação do Poder Executivo. O montante da “renúncia” de
Miki e Maurício fica na cifra dos R$ 7.000, reais.
No momento em que o
funcionalismo é compelido a fazer “renúncias” em seus vencimentos a posição do
prefeito e seu vice é politicamente correta, inobstante chega no tempo
inadequado. Tivessem eles feito tal gesto ponteando o delicado processo de
perdas de vantagens de seus subordinados talvez o desgaste político pudesse ser
reduzido, com o funcionalismo e com a população em geral.
Ora, o deputado Miki
Breier abdicou da metade de um terceiro mandato na Assembleia Legislativa para
ser prefeito e fazer diferente de seu antecessor, Vicente Pires (PSB), que
deixou a prefeitura mergulhada em grande crise financeira e invulgar descrédito
político. No professor Breier foram depositadas enormes esperanças de redenção
administrativa e política por parte dos cachoeirinhenses.
Os desgastes destes
primeiros meses de governo são profundos e vão exigir muitas ações positivas e
tempo (longo tempo) para superar estas primeiras impressões. Para o bem dos
pagadores de impostos, e que vêm recebendo serviços públicos insuficientes,
tomara que a normalidade, tanto quanto for possível, se restabeleça para o
progresso e o desenvolvimento desta que é uma faz mais importantes cidades da
Região Metropolitana de Porto Alegre.
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