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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Não basta um Raio X. É hora de Tomografia Computadorizada em 3D.


    Estados e municípios brasileiros estão em situação falimentar. Mas, nem todos. A falência é o resultado de modelos de gestões que se esgotaram. Máquinas administrativas que ao longo dos tempos foram mal geridas por políticos e agentes públicos incompetentes e irresponsáveis estão em penúria financeira com dias contados para o óbito. 
      Eis o resultado deixado por verdadeiros criminosos que trataram e cuidaram muito mal da gestão pública, privilegiando carreiras e beneficiando castas em vários níveis, enquanto davam uma “banana” para o conjunto da sociedade, que passou a não receber os serviços a que tem direito como contrapartida aos impostos escorchantes que paga. Como tudo tem ciclos, vê-se que o modelo chegou ao fundo do poço. 
     E o “bicho pegou também em Cachoeirinha”. O deputado Miki Breier (PSB) renunciou a um tranquilo terceiro mandato de deputado estadual para vir para o lado de cá da ponte por sobre o Rio Gravataí administrar uma prefeitura que ele sabia estar em situação difícil, mas não imaginava o tamanho do “rombo”, por suposto. Agora, de posse da chave do cofre e das contas oficiais, viu que o “furo” é bem mais embaixo. E o pior: nem pode botar a “boca no trombone” e denunciar o caos que encontrou, pois a “herança maldita” que lhe coube foi produzida por seus correligionários e antecessores. Afinal, José Stédile e Vicente Pires governaram o município por 16 anos. 
     O prefeito Breier sabe que precisa se diferenciar de seus “companheiros” para não se tornar o “mais do mesmo”. A sociedade cachoeirinhense clama por qualidade nos serviços públicos, e para que tal ocorra é preciso receita. Sem dinheiro todas as ações com forte apelo de marketing têm os dias contados, pois não se sustentam sem obras físicas. Tramita na Câmara de Vereadores um conjunto de medidas que objetiva, na visão do governo municipal, diminuir o valor do montante destinado ao custeio da máquina administrativa. Claro, o funcionalismo está gritando com os cortes propostos e que, por conseguinte, vão atingir diretamente os seus bolsos. E quem está ganhando não aceita perder, sob a alegação de “direitos adquiridos”. E assim, de fato, pode ser. O governo alega distorção na concessão de alguns dos tais benefícios, e quer cortar para sobrar dinheiro e poder atender os “pagadores de impostos” e que estão na expectativa da chegada de melhorias, tão necessárias quanto urgentes. Essa discussão precisa, sem mais nenhum retardo, sair do âmbito que circunda funcionalismo e governo. A sociedade, que paga a conta, tem o direito de saber “tim-tim por tim-tim” onde está o “busílis” da questão. 
    As contas da prefeitura carecem de total transparência para que saibamos se o prefeito é um grande vilão, que deseja ralar por mesquinho prazer o funcionalismo, ou se, de fato, existem distorções e privilégios corporativos concedidos ao longo de gestões “boazinhas”, com a conivência de vereadores que não cumpriram suas prerrogativas de bem legislar e fiscalizar como deveriam. 
    Ora, prefeito Miki Breier: Vossa Excelência tem oportunidade ímpar, neste início de mandato, de colocar nos trilhos este trem desgovernado, do qual pediste para ser o maquinista. Mais do que diagnosticar o “tumor” com um Raio Raio X, é imperativo que o se descubra todos os focos desse mal com uma radiografia Computadoriza em 3D. 
   Se as cartas, TODAS, não forem postas à mesa, ficando uma e outra na manga, melhor seria para a sua biografia ter permanecido na Assembleia Legislativa. Os pagadores de impostos, por sua vez, à luz dos esclarecimentos, precisam tomar posição e ficar ao lado de quem pensar no real interesse coletivo, a despeito do “ranger de dentes”, venha de onde vier. 

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