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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Teatralidade deprimente



    No domingo milhões de brasileiros assistiram ao acolhimento do impeachment da presidente da República, Dilma Roussef (PT), patrocinado pela Câmara dos Deputados, em Brasília. 
    O “espetáculo” se constituiu em teatralidade deprimente. Aqui, o deprimente não é pelo fato de ter dado a largada na direção do fim da era petista; afinal eles fizeram por merecer. A despeito da implementação de louváveis políticas de inclusão social, o Partido dos Trabalhadores também foi responsável - por ação e/ou omissão - dos maiores escândalos de corrupção na história recente do País. A fatura começou a chegar. 
    Mas, o deprimente foi a teatralização e a banalização do momento crucial da encruzilhada política e institucional, quando deputados se comportaram como se estivessem em picadeiro, mandando recados aos amigos, familiares e à “distinta plateia”. Coisa mais subdesenvolvida, típica de “republiqueta de bananas”.             Claro, claríssimo, sempre existem as honrosas exceções, para “salvar a Pátria”. Porém, um fato é inequívoco e precisa ficar patente: os congressistas que fizeram alguns rir e outros ranger dentes são a expressão mais estratificada do conjunto da sociedade brasileira. Sem subtrair e nem adicionar. Cada um deles “chegou lá” por delegação expressa dos seus eleitores. Portanto, no conjunto da obra, eles nos representam. Se agora torcemos o nariz para a panaceia é porque precisamos ficar de olhos bem abertos na hora de votar. E, ao invés de dar de ombros para a política, é imprescindível discuti-la cotidianamente, para errar cada vez menos na hora de ir às urnas. Quem vira a cara para a política contribui com o “parto” dos monstrengos que se apresentaram no domingo para dizer sim e não à admissibilidade do processo de impedimento de La Rousseff e o que ela representa.


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