Categorias

Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Inclusão



    Durante o ano que termina na quinta-feira o maestro Sérgio Nardes foi presença marcante em diversos eventos comunitários em Cachoeirinha. Apaixonada pelo ofício, o músico desenvolve importantíssimo trabalho social de inclusão da juventude através do projeto Fole Humano. 
    Jovens tomam gosto por instrumentos, partituras e convívio com o lúdico. Palmas para o Maestro.

7 comentários:

  1. Obrigado pela atenção. Compreendo, creio que ao menos em seu sentido mais geral, que o que estamos realizando, a professora Cristine Dutra, Grace Nardes e eu - somos 3 professores titulares dentro do Fole, por enquanto - tem implicações sociais dentro do município. Falando por mim, apenas, tenho um certo receio da expressão projeto social, não pelo que um projeto que se pretenda social pode realizar mas pelo mau uso que algumas entidades e iniciativas dão para essa expressão. Em se tratando do ensino de música em especial, vejo diversas iniciativas que se pretendem educativas mas que de fato não o são. Existe uma diferença imensa entre passar dois semestres disciplinando a atenção e a prática de uma aluno e passar dois semestres o ensinando a reproduzir duas ou três peças musicais. O que estamos realizando no Fole é, antes de tudo, um experimento pedagógico de ensino de música enquanto habilidade e não enquanto arte, enquanto expressão do sentir, do estético, do afetivo. Entre nossos alunos alguns estão estudando para depois ensinar em acampamentos e ocupações, outros para disseminar a prática musical dentro de sua igreja - temos Mormons, evangélicos, espíritas e católicos - gente que se identifica com a Esquerda, gente que se entende neoliberal, a favor do governo e contra o governo, gente de dentro do município e da região metropolitana, menores de idade e aposentados; a música, enquanto coisa que se estuda é poderosíssimo elemento para reunir pessoas que de outra forma não estaria nem em contato e nem em comunhão. Dentro desse projeto educacional, entendemos que social é a implicação que irá advir de formar esses musicistas e professores - replicadores do que estão aprendendo - porque onde ha mais pessoas sabendo e se expressando dentro desse saber, certamente vai haver mais cultura, mais interação e mais civilidade.me alegra pensar que sou ferramenta para que meu semelhante tome gosto pelo aprender. Obrigado novamente pela atenção e espaço.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns por este projeto o qual eu e meu filho fazemos parte. Amo acordar todos os sábados de manhã para aprender teoria musical e técnica vocal. Gratidão a Sérgio e Grace Nardes e Cristine Dutra pela dedicação em ensinar o que amamos.

    ResponderExcluir
  3. O projeto é fundamental para todos, indivíduos e sociedade. A idéia aposta na nas pessoas e suas capacidade e tem como base uma das mais belas coisas da humanidade, a cooperação.

    ResponderExcluir
  4. O projeto é fundamental para todos, indivíduos e sociedade. A idéia aposta na nas pessoas e suas capacidade e tem como base uma das mais belas coisas da humanidade, a cooperação.

    ResponderExcluir
  5. Também faço parte deste importante projeto desde o início e, embora já tenha alguma vivência em música, cantando em coros há alguns anos, só agora - a partir dos ensinamentos que tivemos com os professores do Processo Nardes, pude realmente compreender a música como uma espécie de linguagem, tudo ficou mais claro e mais fácil de executar. É um conhecimento que a gente leva pra vida toda e que mesmo não sendo exatamente um "projeto social", o Processo influencia em vários âmbitos de nossas vidas, abre novas possibilidades, novas perspectivas. E tudo isso, sem investirmos nenhum tostão, apenas tempo, comprometimento e vontade de aprender. E, claro, que o projeto não vai parar por aqui, pois por exemplo, eu serei uma das "replicantes" deste propósito. Acredito tanto nessa forma de ensinar, que quero poder também oportunizar a outras pessoas as mesmas chances que tive. Minhas experiências anteriores com a didática de outros professores foram quase que traumatizantes, como se a música fosse algo muito difícil de se alcançar, de se aprender. No Projeto do Fole tive a certeza de que estava enganada. Sou muito grata aos professores Grace, Cristine e ao Sérgio por acabar de vez com esse mito. Música é para todos! Não importa a tua idade, não importa teu credo, basta apenas vontade e gente disposta a ensinar com uma didática simples e fácil de assimilar. Gente que realmente conhece o que está ensinando. ;)

    ResponderExcluir
  6. Faço parte desse grupo que me surpreendeu esse ano que passou. Comecei as aulas para sanar minha curiosidade a respeito de alguns topicos na musica. Mas a metodologia da aula, alem de ser divertida, desconstruiu aquela imagem da musica que eu tinha de ser algo "inatingivel", ou para pessoas que nasceram com "talento", e outros mitos populares semelhantes. Sim, mitos, pois na prática percebi pessoas de tudo quanto é cor, mentalidade, experiencia, idade, credo e posição politico/social crescendo juntos nessa comunhao musical que retroalimenta a vontade de cada individuo de aprender e crescer ainda mais musicalmente. Dessa forma esse grupo heterogeneo e autogerido criou uma "cola" como poucos, tudo graças a música. Eu me questiono a respeito de problemas socio-ambientais com certa frequencia e penso que se a musica consegue fazer pessoas tão diferentes trabalharem juntas, visando o bem coletivo sem perder de vista o objetivo do grupo, entao que tenha cada vez mais musica nesse mundo pois essa é capaz inclusive de formar agentes éticos. É um prazer fazer parte do Fole Humano. E toca.

    ResponderExcluir

Seguidores