Aos poucos começam a se movimentar as pedras no tabuleiro do
xadrez eleitoral de 2016, em Cachoeirinha. Naturalmente que o Partido
Socialista Brasileiro, que detém o comando do governo municipal, com o prefeito
Vicente Pires à frente do processo, arranca como sendo o franco favorito na
disputa do pleito, embora enfrente enorme desgaste de imagem pela frustração
das expectativas dos eleitores e longevidade no poder. Neste lado de cá da
ponte, corre o boato de que o deputado federal José Stédile não tem interesse
em voltar a administrar o município, onde foi gestor por dois mandatos.
O mesmo
não pode ser dito em relação ao deputado estadual Miki Breier, que é secretário
de Estado no governo de José Ivo Sartori (PMDB). O professor deseja ser
prefeito, desde que não tenha que disputar a vaga de candidato com os
vereadores do partido interessados em ocupar o espaço. Para ser o “ungido” do
partido Miki conta com a preferência do prefeito Vicente Pires. Mas, alguns
vereadores entendem que o momento é de renovação e de criar condições para o
surgimento de novas lideranças, oriundas principalmente do Poder Legislativo
local. Razão pela qual o vereador João Tardeti está disposto a brigar pela
“cabeça de chapa”.
Ele é fundador do PSB, membro da direção estadual e
militante histórico nos movimentos populares, além de vasta experiência
executiva e legislativa. Sem dúvida, Tardeti sabe “por quem os sinos dobram”.
Legitimidade para postular não lhe falta. E mais: não está disposto a abrir mão
do projeto de sair candidato a prefeito e pretende lutar pela vaga. Se resistir
às costuras do “andar de cima”, o vereador poderá triunfar com o respaldo da
base partidária, lugar de onde deveria emergir a orientação mais genuína de
qualquer projeto de poder verdadeiramente democrático. Acertos de cúpulas, em
salas acarpetadas e climatizadas, geralmente ficam muito distantes do pulsar
das ruas.
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