As manifestações de domingo
levaram multidões às ruas das capitais brasileiras e ao interior de alguns
estados. Diferentemente das abrangentes pautas de marco e abril, desta vez o
foco era a presidente Dilma e Lula.
A tal voz das ruas entende que eles também são
responsáveis pela degradação econômica e pela corrupção que resultou na
Operação Lava Jato, que ainda deverá revelar fatos estarrecedores. Claro,
faltou colocar no olho do furacão Eduardo Cunha e Renan Calheiros, presidentes
da Câmara e do Senado, respectivamente.
Quantitativamente, as ruas tiveram
esvaziamento em relação a março e aumento se comparado a abril. Em termos
objetivos, importa é que o governo está sob fortíssima pressão para encontrar
caminhos que reativem a economia e afaste o assustador fantasma do desemprego,
que assombra a vida de milhares de
famílias.
Embora o brado dos manifestantes de domingo fosse pelo
afastamento da presidente da República, esta pauta ainda não tem razão legal
para se colocar na ordem do dia, pois inexiste - até aqui - crime de
responsabilidade direta que abra caminho para o processo de impeachment.
A
costura de “acordão” político com o Senado e setores das “elites” tende a
tornar a via do impedimento em algo improvável, embora não impossível. A rigor,
para o geral da população relevante é que o Brasil reencontre o rumo
desenvolvimentista. Esta tarefa é missão do conjunto da sociedade, mas cabe ao
governo e à classe política fazer gestos práticos para unir e apontar caminhos
para a saída da crise o mais rápido possível.
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