Política e afins
*Vários acontecimentos políticos transformaram as últimas
semanas no “inferno astral” da presidente Dilma Rousseff (PT). Depois de viver
longo período, pós- eleição, encastelada no Palácio da Alvorada, em Brasília, a
presidente da República resolveu “dar o ar de sua graça” à Nação. Requisitou
espaço nobre em redes de rádios e televisões, no início do mês.
*Afinal, até então o ministro banqueiro Joaquim Levy é que
tinha colocado a cara para levar tapas com o anúncio de ajustes econômicos do
governo federal. Sem falar no galope de inflação, deterioração industrial e da
queda da empregabilidade.
*Enquanto Dilma pedia sacrifícios aos brasileiros sem fazer
“mea culpa” por equívocos na condução da política e da economia em seu primeiro
mandato, nas principais capitais pipocavam sons de panelas sendo batidas em
discordância ao que pregada a chefe do Poder Executivo.
*Depois de horas, em visita a uma feira de material da construção
em São Paulo, a presidente saiu do evento de fininho. Não aguentou as vaias
entoadas por operários que ali trabalhavam. Sinal vermelho de que a popularidade estava
despencando em desabalada corrida.
*Para esvaziar as manifestações de 15 de março, no dia 13 os
chamados “movimentos sociais”, patrocinados por sindicatos e agremiações que se
abrigam no guarda-chuva da administração federal, levaram milhares às ruas em
apoio ao governo petista.
*Não deu outra: passados dois dias milhões ocuparam os mais
variados espaços públicos em todos os Estados. Pediam o “Fora Dilma”, que não
expressa - necessariamente - a intenção de ruptura institucional. A demanda é
por ética e moral na política. E qualidade nos serviços públicos.
*Para colocar mais terra na cova, uma pesquisa do Instituto
Datafolha revelou que a imensa maioria da população, na amostragem, está
insatisfeita com o desempenho de Dilma Rousseff, que passa a beber o fel da
impopularidade. E se não melhorar vai piorar, por óbvio.
*Para completar o tal “inferno astral” da presidente o seu ministro
da Educação conseguiu ofuscar o anúncio de uma série de medidas contra a
corrupção enviadas ao Congresso Nacional. Dilma tentou tirar “leite de pedra”
da iniciativa. Enquanto ensaiava surfar na ondinha do factoide, o ministro da
Educação fez e desfez na tribuna da Câmara dos Deputados.
*Cid Gomes (Pros), que ganhou ministério com o qual não
tinha a menor afinidade, confirmou que “trezentos ou quatrocentos deputados
federais” eram, de fato, “achacadores”. Peitou o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB). Não deu outra, Cid entrou ministro e saiu para ter cabeça
entregue por Dilma ao PMDB.
*Cid Gomes é uma figura menor na política brasileira.
Ascendeu ao ministério da Educação pelos caminhos que levam figuras sem
estatura apropriada a cuidar dos assuntos de Estado pela singela razão de troca
de favores políticos; na base do “toma lá e dá cá”. Não obstante, ele tem razão
quanto aos achaques. Assistimos, dia a dia também, ao vivo, as ações de
malandros, corruptos e cafajestes que se elegem para patrocinar ações em benefício
próprio. Aqui, ali e lá.
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