Politica e afins
*Os indicadores da economia e o “clima político” mostram que
viveremos tempos nebulosos durante este 2015. Só não compreendem a gravidade da
situação os ingênuos de sempre e aqueles cujos vínculos ideológicos se alinham
ao projeto de poder capitaneado pela presidente da República, Dilma Rousseff
(PT).
*O estado de humor de parcelas
significativas do conjunto da sociedade está “azedando”. Pipocam, em todos os
quadrantes, sinais claríssimos de saturação. Durante a campanha eleitoral, no
final do ano passado, a presidente e candidata a reeleição afirmou que os
adversários fariam o que ela jamais
faria; nem que “vaca tossisse”. Mordeu a língua de - trapo - e os anúncios das
primeiras medidas do segundo mandato foram para “meter a mão” no bolso dos
contribuintes. E que mão grande (!), diga-se de passagem.
*Cercada por um “birô político”
de estatura mediana, a presidente Dilma Rousseff viu sua base apoio parlamentar
se apequenar por falta de articulação minimamente profissional. As medidas
amargas que pretende impor à Nação correm sério risco de serem rechaçadas pelo
Congresso Nacional. Não faltará, inclusive, o “fogo amigo”.
*Sem sustentação sólida da base
política de seu governo e com a corrosão de sua imagem na sociedade este
segundo mandato de Dilma tende a ser “sofrível”. E teremos quatro longos anos
pela frente, com “ventos e marés” para causar arrepios até no mais
experimentado dos marinheiros.
*E, para retesar ainda mais os
nervos da sociedade, a Operação Lava Jato entrega ao Supremo Tribunal Federal
um montão de “graúdos”, entre empresários e políticos, envolvidos na roubalheira
da Petrobras. Isso que ainda faltam investigações e apurações de indícios que
se ramificam em outros “tecidos” do Estado brasileiro.
*Interessante é que os envolvidos
em suspeitas e fatos comprovados insistem em não saberem do que fala o Ministério
Público Federal. E repetem a desculpa como se fosse um mantra budista. Tem até
aquele vice-governador baiano, João Leão (PP), linha auxiliar do governo
petista, que não se fez de bom moço e disse que estava “cagando e andando” para
a inclusão de seu nome na Operação Lava Jato. A demonstração de arrogância se
baseia na cultura da impunidade.
*Ora, caso multidões saiam para
as ruas domingo, dia 15, para protestar contra o governo federal, o alvo não
poderá ficar cravado apenas na testa de Dilma Rousseff. A classe política
também precisa estar na mira dos que erguerão faixas e cartazes clamando por
ética e qualidade nos serviços públicos.
*Sem povo na rua e muito barulho
a voz dos descontes não ecoará na Capital Federal e nem nos governos e
parlamentos estaduais e municipais deste imenso Brasil, de dimensão continental.
O brado retumbante precisa ser ouvido e compreendido como um recado claríssimo
de que estamos de “saco cheio”. Com firmeza, mas sem qualquer espécie de vandalismo
que justifique repressão policial e a desqualificação dos atos
reivindicatórios.
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