Politica e afins
*A presidente Dilma Rousseff, cantada em prosa na rima de
Lula da Silva, como a “gerente da Brasil”, vem encontrando dificuldades para a
formação de sua “nova” equipe econômica. Teve até recusa de executivo de
confiança de um dos maiores bancos privados do País, que declinou do cargo de
Ministro da Fazenda. Luiz Carlos Trabuco preferiu ficar à frente dos negócios
do Bradesco.
*Nada como o “mundo real” depois do marketing eleitoral. Na
campanha pela reeleição Dilma Rousseff dizia que o Brasil seria entregue aos
banqueiros, em caso de vitória de Marina Silva ou Aécio Neves.
*E agora José? O realismo deu lugar ao pragmatismo? Mas, La
Rousseff deve estar surpreendendo - mesmo - é a militância romântica, que fez
campanha pela manutenção do tal “projeto de esquerda”.
*Então, que tal parece a indicação da senadora Kátia Abreu
para o ministério da Agricultura? E a do usineiro Armando Monteiro para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio? E vem mais por aí. A chamada “guinada à direita” está apenas
começando.
*Esperem para ver o apetite dos partidos da “base aliada”,
na partilha dos cargos em todos os lugares da máquina do governo federal. Sem
ilusões: o “toma lá e dá cá” não foi sepultado com as recentes descobertas dos
dutos abertos na rapinagem da Petrobras, por onde escorre a fantástica rede de
corrupção, que ganhou a alcunha de “petrolão”.
*Como a oposição perdeu por estreita margem, tem “moral”
para fazer marcação serrada no Congresso Nacional. À sociedade civil também
cabe acompanhar o processo com atenção cidadã. Fiscalizar o governo não
significa atrapalhar o Brasil.
*Ninguém suporta mais a roubalheira, que parece não ter fim.
Enquanto gatunos, das mais diversas pelagens, saqueiam os cofres públicos
milhões de brasileiros morrem sem atendimentos nas filas dos hospitais ou ficam
sem estudar por falta de escolas minimamente decentes.
*Ora, e não venham com a conversa mole que o “andar de cima
da elite política” desconhece o fato. Pois, não está errado o advogado de um
dos empreiteiros corruptores, preso na Operação Lava Jato, ao “emblematizar” o
fato de que um paralelepípedo colocado na rua serve de caminho por onde circula
a propina, cujo destino é o bolso de agentes públicos. Com e sem mandatos
eletivos.
*A presidente Dilma Rousseff, para honrar ao menos uma de
suas promessas de campanha precisa - com máxima urgência - mandar para o
Congresso Nacional um conjunto de normas com objetivo de estancar a corrupção
de viceja solta; especialmente no âmbito do Poder Executivo. Em todas as
instâncias da federação.
*Tomara que a sangria na Petrobras sirva para levar alguns
ladrões para a cadeia. Pelo menos alguns, por enquanto. Mas não só. A crônica
da roubalheira tem que despertar a consciência cívica dos brasileiros, para que
possam abrir os olhos e perceber que o “coelho” tirado da cartola é o resultado
de uma pequena “trapaça” para divertir. Já no campo da política o “furo é mais
embaixo”: causa morte; não apenas das ilusões. Mas também a morte física.
Individual e coletiva. Onde faltam verbas para a educação, segurança, saúde,
mobilidade urbana ai começa algum processo de falecimento. Das expectativas e
da própria vida, objetivamente.
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