Política e afins
*Na semana passada algo inusitado aconteceu no Brasil:
Vários empresários, “senhores” de enorme fatia do PIB nacional, foram presos em
mais uma etapa da Operação Lava Jato, levada a cabo pelo Poder Judiciário,
Ministério Público e Polícia Federal.
*Endinheirados, acostumados a viver com todas as mordomias
que o poder econômico pode proporcionar, foram recolhidos à carceragem
policial. Claro, devem permanecer por lá o tempo suficiente para que defensores
pagos a “peso de ouro” consigam lhes devolver a liberdade.
*O fundamental é o fato de que “colarinhos brancos” estão
sendo identificados como integrantes de quadrilhas que se associam para lesar o
patrimônio público, em detrimento dos reais interesses da cidadania.
*Depois desta leva de prisões, e das apurações que elas
demandam, os inquéritos devem responsabilizar delinquentes. Ao cabo do processo
alguns, pelo menos, seguirão para a ocupação de celas nas cadeias onde - via de
regra - habitam malfeitores de classes sociais menos privilegiadas, por assim
dizer.
*Mas, a expectativa da nação é pela revelação dos nomes dos
políticos pilantras envolvidos no “esquemão” e que se abrigam na zona de
conforto do mandato eletivo para praticar crimes contra a Pátria. Esses párias
precisam ser identificados e marcados na “paleta”; a começar pela cassação dos
mandatos. E na sequencia a cadeia.
*Porém, vale lembrar que gente de tal espécie só se cria por
ação e omissão dos eleitores. Nenhum deles se elegeu apenas com o próprio voto.
Milhares foram os que lhes deram - pelo sufrágio das urnas - uma cadeira em parlamentos
municipais, estaduais ou em Brasília.
*Basta pesquisar o resultado das eleições de outubro para identificar
quem se elegeu e a quem representa. Existe, a disposição de quem o desejar,
inclusive, o quanto custou cada mandato; com a média do valor de cada voto,
inclusive. As prestações de contas não deixam dúvidas das fontes de onde
jorraram o dinheiro grosso que irrigou campanhas milionárias.
*Tomara que a luta da Justiça, do Ministério Público e
Polícia Federal possa seguir no encalço das aves de rapina que vilipendiam e se
locupletam com apropriação indébita o erário público. Interesses gigantescos
estão sendo contrariados com estas ações republicanas. Bem que a população
poderia voltar a tomar as ruas para reforçar o trabalho dos que, por certo,
estão enfrentando “ventos e marés” contra a bandidagem. Principalmente a de
colarinho branco; de todos os matizes.
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