Política e afins
*Faltando duas semanas para o segundo turno das eleições
para governadores e a presidência da República, o clima entre a oposição e a situação
esquenta. A alta temperatura da corrida eleitoral inflama mais na tentativa de
desconstrução do adversário do que em razão da ousadia das propostas. O que,
aliás, é uma pena.
*Coisas miúdas ganham dimensões despropositadas com a
finalidade apenas de um se sobrepor ao outro. Ou seja: muito jogo de cena para
ludibriar àqueles sem filtro para a percepção do “pano de fundo”.
*A cabeça do eleitor não é de difícil compreensão. No
primeiro turno, especialmente na eleição proporcional, milhões elegeram vários deputados
federais e senadores com perfil conservador. Estes deverão dificultar avanços
políticos que pautam a agenda de quem luta por mais liberdade democrática e a
garantia dos direitos civis; os chamados interesses da cidadania.
*De outra parte, tudo indica que os ventos da mudança vão
soprar com força em direção ao Palácio do Planalto, onde o Partido dos
Trabalhadores está no poder tem 12 anos. Existe um clima inegável de desejo de
alternância, claramente manifestado nas urnas. As votações de Marina Silva
(PSB) e as que levaram Aécio Neves (PSDB) para o segundo turno se constituem em
inequívoca “prova provada” de tal realidade.
*Até mesmo petistas históricos sentem a tal “vergonha
alheia” quando tomam conhecimento dos descaminhos por onde transitam - faz
tempo - lideranças de linha de frente do partido, metidos até o pescoço com
falcatruas resultantes de desvio de conduta no exercício de cargos de confiança
na administração pública federal e em funções de Estado.
*A imprensa tem mostrado o tamanho do “assalto”,
especialmente na Petrobras. Por lá uma quadrinha de apadrinhados políticos do
“andar de cima”, sem o menor escrúpulo, se infiltrou para roubar e corromper.
Todos os “chefões” indicados por figuras conhecidas da base de sustentação do
governo da presidência da República. De Lula a Dilma. Ora, e eles não
desconfiaram de nada, nunca? Ora, bolas, convenhamos...
*Lula bradou, na passada, que estava de “saco cheio” de
tanta denúncia. Dilma se mostrou indignada com o que chamou de “vazamento das
denúncias”. Deveria, pois, ficar indignada com o mal feito e não com a
publicidade do fato. Ora, bolas, convenhamos...
*Não é por acaso que o eleitor, já no primeiro turno,
mostrou nas urnas que está de “saco cheio”. E indignado, também. E não será
surpresa se der um basta na situação ao final do segundo turno. Quem conhece a
“gateada” percebe que olho dela começa a pretear.
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