Política e afins
*Pois, Marina Silva está tirando o sono da petista Dilma
Rousseff e do tucano Aécio Neves. O motivo da insônia, por óbvio, é o
crescimento vertiginoso da candidata que tem filiação solidária no PSB. O
cenário atual indica que a “fatura eleitoral” será decidida em segundo turno, conforme
apontam pesquisas de opinião. Tal se constitui em verdadeiro pesadelo para o
Partido dos Trabalhadores, para quem a reeleição tranquila de La Rousseff se
daria sem maiores sobressaltos.
*A “disparada” de Marina Silva tem relação direta com o
cansaço do eleitor em relação à polarização entre PT e PSDB. Esse aparente
maniqueísmo tem produzido apatia política e descrença de mudanças profundas nas
estruturas da sociedade brasileira. Ambos já mostraram a que vieram. Com
acertos históricos e descompassos desastrosos.
*Conceitualmente, pelo menos até aqui, Marina entusiasma.
Sua pregação contrária ao famoso “é dando que se recebe”, prática recorrente
dos governantes preocupados com a tal “base de sustentação parlamentar”, faz
com que setores da sociedade acolham com simpatia a ideia de que é possível
governar sem trocar funções estratégicas nos aparelhos de Estado por apoio
político em casas congressuais.
*Não é por acaso que algumas lideranças deste lado de cá da
ponte por sobre o Rio Gravataí já discutem a formação de um Comitê Apartidário
em apoio à candidatura de Marina Silva. Sinal de que as favas que, por suposto,
estavam contadas não estão mais. A reversão das expectativas já deixa de ser
delírio para virar pesadelo.
*A desaceleração da economia, a percepção da redução de
poder de compra e o cenário eleitoral indefinido formam o caldo de cultura para
o fechamento do ano com um Produto Interno Bruto pífio. E mais: a perspectiva
de 2015 com a necessidade de profundo ajuste nas bases da economia deixam até
os mais otimistas com as “barbas de molho”.
*Ora, não é possível aceitar que um país gigante e com
tantos potenciais econômicos, como o Brasil, viva entre pequenos avanços e
muitos retrocessos em sua vocação desenvolvimentista. É inaceitável, por exemplo, que o nosso
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado faz pouco, fique abaixo de
países Sul Americanos com menor importância geopolítica no contexto global.
*É diante deste cenário, e por outras razões - objetivas e
subjetivas - que cresce o descontentamento com políticas e candidaturas “lugar
comum”, cuja mensagem não encontra eco profundo nos mais variados segmentos da
sociedade. Quem se desviar desse rumo enfadonho e apontar atalhos para chegar
mais longe vai - por certo - encontrar quem se disponha a caminhar junto. Nem
que seja pela ação de votar. A conferir.
É, vamos ver. Se bem que o futuro inquilino desta baiúca enfrentará cada "bomba" na área ambiental e econômica que fico pensando na razão pela qual alguém almeja um cargo destes...
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