Política e afins
*Quem cruzou a ponte por sobre o Rio Gravataí e veio almoçar
em Cachoeirinha, na semana passada, foi o presidenciável Eduardo Campos, ex-
governador de Pernambuco e “avis rara” dos socialistas. O evento teve lugar no
CTG Rancho da Saudade.
*Para este lado de cá da ponte, também vieram o ex-prefeito
de Caxias do Sul, José Ivo Satori, e o e deputado federal Beto Albuquerque.
Sartori concorre a governador e Beto disputará vaga para o Senado. PMDB e PSB
estão em fase de consolidação da aliança política.
*Em função do dia da semana (quarta-feira) e do horário, o
público que foi ouvir, aplaudir e almoçar com os políticos visitantes era
composto basicamente por Cargos em Comissão da mesma aliança partidária que
conquistou o governo de Cachoeirinha nas duas últimas eleições.
*Como os CCs nomeados para executar tarefas na Prefeitura e
na Câmara de Vereadores somam mais de três centenas não foi difícil fazer
plateia para Eduardo Campos, Sartori e Beto Albuquerque. Claque articulada para
impressionar na cidade que é tida como referência administrativa dos
“socialistas” no RS.
*Ora, a julgar pelo cenário político montado em Cachoeirinha
para alavancar as três principais candidaturas da aliança estratégica entre
peemedebistas e peessedebistas não causa estranheza o resultado das recentes
pesquisas de intenção votos, onde nenhum dos candidatos, até o momento, tem
empolgado os eleitores.
*O deputado federal Beto Albuquerque abriu mão de uma
reeleição dada como certa para a Câmara dos Deputados. Como candidato ao Senado
teria fôlego para concorrer contra Lasier Martins, “pole position” do PDT. Só
não combinou com Olívio Dutra (PT).
*Não resta a menor dúvida de que a candidatura de Olívio
Dutra, com votos cristalizados no Partido dos Trabalhadores e fora dele, veio
jogar incontáveis baldes de água fria no projeto de Beto Albuquerque. Beto seria o “desaguadouro” natural para onde
iriam os votos que não rumariam para Lasier Martins, por razões de ordem
diversa.
*O tal “fator Olívio” muda o jogo e coloca o ex-governador
petista como o pesadelo de Lasier Martins, que já deveria estar escolhendo a
“fatiota” para a posse como Senador da República. Ninguém duvida que o “Galo
Missioneiro” vem com esporas pontudas para fazer sangrar o adversário que até
então cantava solito, numa espécie de prenúncio da própria vitória.
*Como dizia Magalhães Pinto, banqueiro e político
mineiro: “Política é como a nuvem. Você olha e está de um jeito. Volta a olhar
e já se apresenta diferente”.
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