Política e afins
-Maurício de Medeiros vai bater pernas em Cachoeirinha e
alhures para convencer os eleitores da importância de sua eleição para o
parlamento gaúcho. No currículo do candidato a deputado estadual pelo PMDB constam
vários mandatos de vereador e sua posse como prefeito em virtude da morte de
Francisco de Medeiros, seu tio. O ex-prefeito faleceu em trágico e lamentável
acidente acontecido em cima da ponte que faz a ligação entre o município e
Porto Alegre.
-A escolha de Maurício deve proporcionar uma espécie de
“bandeira branca” entre ele e o grupo de Gilso Nunes, o atual vice-prefeito.
Não é segredo para os medianamente informados que tanto Gilso quanto Maurício
disputam, faz tempo, espaços de poder político no PMDB, deste lado de cá da
ponte.
-Os peemedebistas, que já governaram o município por vários
mandatos, acalentam o sonho de ganhar densidade eleitoral para voltar ao
comando do poder executivo em Cachoeirinha. Nas últimas eleições têm se
contentado com a coadjuvância; papel representado por Gilso Nunes, eleito duas
vezes consecutivas para o cargo de vice-prefeito.
-Aliás, Gilso Nunes se mostra confortável nesta posição de
“rainha da Inglaterra”. Reina mas não governa. Bom para ele, que usufrui das
benesses do poder sem precisar enfrentar maiores desgastes de qualquer
natureza.
-Caso Maurício consiga lograr êxito em seu projeto de
conquistar uma cadeira como deputado estadual muda a correlação de força
política entre ele e Gilso Nunes. Medeiros terá condições de se tornar
liderança de fato expressiva em seu partido, por aqui e além da ponte.
-Claro – claríssimo – que, se tudo sair como espera o
vereador e candidato, as negociações para as próximas eleições municipais, em
2016, passarão pelo crivo de “suas vontades”. Tem força quem tem poder e
densidade política. Sem tal tudo o mais se reduz a “firulas”.
-Mas, mesmo “não chegando lá”, Maurício não perde de todo.
Pelo contrário, sai no lucro. Desde que faça expressiva votação em sua
principal base eleitoral. No mínimo garante reeleição tranquila para o mandato
de vereador, o que não é pouca coisa.
-Para os eleitores o desejável é que o espectro de
candidaturas fosse amplo e plural, proporcionando confronto das mais variadas
ideias e posições políticas. Também as campanhas e os debates seriam mais
atraentes. Com poucas possibilidades de escolhas o pleito fica morno; perde a
graça e bastante da paixão.
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