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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Política & Afins


      -Assessores da presidente Dilma Rousseff (PT) tentaram fazê-la passar o mais discreta possível na abertura da Copa do Mundo, semana passada. Missão impossível, obviamente. Afinal, o momento exigia mais do que a presença da Chefe de Estado na abertura do Mundial de Futebol. Esperava-se por um pronunciamento, como de praxe.
      -Conseguiram evitar a fala presidencial, pois já haviam detectado o que as pesquisas quantitativas vêm mostrando através dos mais variados meios: a opinião pública está se desiludindo com o governo de “La Rousseff”. Os assessores entenderam que um pronunciamento, diante de milhares de torcedores e milhões de telespectadores nos quatro cantos do planeta, que não fosse para redundar em aplausos seria um “tiro no pé”, em véspera de eleições.
      -Ao anúncio da simples presença da presidente do Brasil a vaia “comeu”. E não só: um coro de insultos de baixo calão retumbou por todo o Itaquerão, lotado. Em seguida a frase chula ganhou o noticiário e as redes sociais. Igualmente, nos quatro cantos do planeta.
      -Os governantes gostam e se rejubilam quanto são tratados com carinho pelos governados. Aliás, este é um dos desejos daqueles que enveredam pelos caminhos da vida pública: serem amados pelo povo e cair em seus braços com a segurança do trapezista que sabe o poder amortecedor da rede de proteção caso alguma coisa sair errada entre uma e outra pirueta.
       -No Estado Democrático de Direito a manifestação dos sentimentos das massas é direito assegurado pela Constituição. A capacidade gerencial para administrar humores populares e crises políticas é um dos predicados basilares para que o governante tenha êxito em seu mandato.
       -Provocar o governante e até admoestá-lo é natural no regime democrático. Outra coisa é passar dos limites minimamente aceitáveis nos atos de insatisfação. E foi o que aqueles que gritaram palavrões chulos fizeram com a presidente da República, a anfitriã institucional da Copa do Mundo de Futebol. Ato que, no conteúdo, merece insofismável condenação, de pronto.
       -A presidência da República do Brasil é exercida por uma mulher, mãe e avó. Palavrões chulos são de mau gosto na maioria das situações. E gritados em coro contra uma senhora é algo de todo abominável, principalmente partindo de uma elite econômica que pode pagar caro para senta-se num local com o tal “padrão FIFA”.
       -Naquele dia e hora uma vaia já estaria de bom tamanho para expressar o sentimento de reprovação por todas as promessas dos “legados da Copa” não cumpridas e o mau uso dos recursos públicos em obras faraônicas; muitas das quais se tornarão verdadeiros “elefantes brancos”, enquanto faltam verbas para atendimento do que é essencial para o conjunto da sociedade. Ou educação, saúde, segurança, transporte e infraestrutura básica estão uma maravilha?
       -Mandar a presidente da República para “aquele lugar” só mostra a falta de civilidade da parcela endinheirada de nossa sociedade que é o que é, em muito, por culpa da própria classe política que a representa. O voto nas urnas é forma mais legítima e eficiente de mandar o governante para a casa. Esta, sim, é a derradeira humilhação para o político que age em desacordo com as aspirações do conjunto dos eleitores. Palavrões e xingamentos grosseiros também se constituem em risco de “tiro no pé”.


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