Política e afins
*Depois da Copa do Mundo é que a campanha eleitoral deste
ano vai “invadir”, por assim dizer, a praia dos eleitores, que terão a tarefa
de escolher deputados estaduais, federais, senadores, governadores e a
presidente da República.
*Mas, até o fim do Campeonato Mundial de Futebol as atenções
de milhões de torcedores estarão voltadas para o que vai acontecer dentro dos
estádios construídos para fazer a festa desta modalidade esportiva. E também
dos que lucraram milhões com as chamadas “obras da Copa”.
*Aliás, existem os que discordam da construção de tantos
estádios, ralo por onde escoou uma “dinheirama” que tanta falta fará para o
atendimento de necessidades tão mais importantes quanto prementes para o
conjunto da sociedade brasileira.
*Ora, somente os ingênuos é que não percebem que muitas das
“obras da Copa” eram necessárias para irrigar os cofres das grandes
empreiteiras que financiam com generosas quantias outros cofres: os das
campanhas eleitorais milionárias dos mais diversos partidos, como mostrou o
jornal Folha de São Paulo, na edição de domingo.
*Não por acaso “pipocam” manifestações de contrariedade em
relação ao Mundial de Futebol, em várias regiões do País. É um sentimento que
não repudia o valor da nossa seleção “canarinho”. A objeção é à “gastança” e
seu questionável “legado”.
*Tem até quem torça pela derrota do time de Felipão. O
entendimento é que a vitória tende a ser como a de Pirro, na Batalha de Ásculo.
Dizem que se o Brasil ganhar a Copa as ruas serão tomadas por um carnaval dos
insensatos. Tipo “pão e circo”.
*Na derrota, com a frustração coletiva, o “campo mental”
para um debate mais profundo a respeito do tal “legado do Mundial” fica mais
favorável para a reflexão e a expansão da consciência minimamente crítica. Eis
a tese dos “secadores”.
*Mas, resta esperar e ver no que vai dar. O debate político
que virá precisa apontar soluções para resolver os gargalos de carências da
sociedade brasileira. Medidas de curto, médio e longo prazo serão fundamentais
para o desenvolvimento sustentáveis do País.
*Imperativo prestar muita atenção para o que dirão os
políticos e seus partidos. Quem vota não pode esquecer que assina, no ato de
votar, uma procuração por tempo determinado para que os eleitos façam e
desfaçam em nome dos eleitores. E, convenhamos, a história mostra que muitos
cometem crimes inomináveis em nome daqueles que o elegeram. Ora, tal se
constitui em desvio de rota que causa prejuízos por vezes irreversíveis à
cidadania.
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