Blog do Roberto

 Política & Afins

      *No domingo o Fantástico, da Rede Globo, apresentou mais uma matéria para chocar, chorar e morrer de raiva. Na tela o descaso na saúde pública em vários estados brasileiros, onde pessoas ficam jogadas em macas nos corredores de hospitais apenas com o mínimo de atendimento e ausência total de respeito à dignidade a que todos deveriam ter direito, especialmente os mais necessitados.

      *Em muitos lugares falta tudo: recursos materiais e humanos. Além de gestão minimamente qualificada. O resultado de tal combinação de fatores é a morte onde a possibilidade de prolongação da vida deveria estar na “ordem do dia”.

      *Não foi sem razão que entrevista do cantor Ney Matogrosso a uma rede de televisão portuguesa, no início do mês, teve imensa repercussão “além mares” e no Brasil. O artista aborda com veemente indignação o descaso com que educação e saúde são tratadas neste lado de cá do Oceano Atlântico. Vale a pena assistir no canal You Tube.

      *Se na televisão as imagens já causam comoção e revolta, imagino o “estado de espírito” de quem resolva fazer um “tour” pelos lugares que atendem às mesmas demandas da coletividade em Cachoeirinha, para não ir tão longe. Num e noutro lugar, por certo, irá encontrar cenas que também caberiam no contexto jornalístico mostrado em HD, pela revista eletrônica dominical da Rede Globo.

     *E os governantes ainda pedem que o povo brasileiro receba com júbilo e festa a realização do Campeonato Mundial de Futebol, como se a montanha de dinheiro destinada para gastos questionáveis em construção de estádios e demais estruturas “padrão FIFA” não fizesse a menor falta para projetos mais prementes: como saúde e educação, por exemplo.

     *Até o ex- jogador Ronaldo, integrante da alta cúpula nacional encarregada de administrar a realização da Copa do Mundo no Brasil, abriu o “bocão” na semana passada para se dizer envergonhado pelos compromissos assumidos e não cumpridos em relação às expectativas de melhorias que ficariam para benefício do País como legado do evento desportivo.

    *Faltou vontade política, capacidade de gestão e sobrou empenho para atender às demandas das grandes empreiteiras envolvidas em negócios bilionários na construção de estádios e conglomerados imobiliários. Aliás, as mesmas que financiam campanhas políticas da grande maioria dos partidos para depois cobrar a fatura.

    *Quem prestar atenção no processo eleitoral de outubro e na estrutura logística dos principais candidatos que disputarão governos estaduais e a presidência de República verá claramente “por quem os sinos dobram”. O mesmo vale para “umas e outras” candidaturas proporcionais: deputados, estaduais, federais e senadores.