Política e afins
*Uma entrevista com “equivoco de comunicação” deixou o
vereador Nelson Martini (PTB) em verdadeira saia justa, semana passada. Saiu no
jornal Economia do Vale que o parlamentar petebista “deplora a discussão
oportuna e que visa perturbar o Poder Público”.
*Que tiro no pé! Imagine o absurdo da expressão, pois nada é
mais oportuno do que uma discussão oportuna, principalmente no lugar que tem
por atividade precípua a discussão de temas oportunos para o conjunto da sociedade,
que é o Poder Legislativo. Mesmo que os situacionistas, como é o caso de
Martini, entendam que determinada discussão tenha como motivação “perturbar o
Poder Público”. O que, aliás, também pode ser uma interpretação subjetiva.
*Ora, se a Câmara de Vereadores não for o local mais
apropriado para a discussão de ideias e o embate ideológico entre governistas e
oposição, onde – raios – deverá ser o foro mais apropriado para tal propósito?
O boteco da esquina, depois de três ou quatro copos?
*Claro, claríssimo, em tempo de conexão virtual ninguém
passa desapercebido com as suas opiniões; tanto mais àqueles que têm atividade
pública. Na alça de mira, por assim dizer, estão os políticos com mandatos
eletivos. Como suas ações e omissões dizem respeito aos eleitores e pagadores
de impostos - que são os que financiam suas funções- passos em falso e a dança apresenta
descompasso.
*Para evitar maior desgaste com notícia infeliz publicada no
referido veículo de comunicação, Nelsinho fez contato com o colunista deste
espaço para minimizar o estrago. Suas palavras explicativas foram em direção
contrária à fala “colocada em sua boca”. Martini afirma que está feliz no
desempenho de seu mandato. Nega deplorar qualquer discussão oportuna. Antes,
pelo contrário, entende que toda e qualquer discussão de interesse coletivo é
salutar para o fortalecimento das instituições democráticas. E que o
contraditório também poderá se constituir em elemento de contribuição reflexiva
para quem está no chamado “campo da situação”.
*Bueno! Do episódio deve ficar a lição para que os homens
públicos, principalmente aqueles que têm as atividades financiadas pelos
pagadores de impostos, para que não saiam por aí “cuspindo para o alto”. Lamber
é bem pior do que reter a vontade de expelir a saliva, de qualquer jeito.
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