Categorias

Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.



Política e afins


Na semana que passou duas advogadas, deste lado de cá da ponte, sofreram constrangimento ao serem impedidas de entrar em agências bancárias com as suas bolsas. Seguranças alegaram que a medida era em cumprimento a Lei municipal de autoria da vereadora Jack Ritter (PSB).
Ester Ramos e Fabiane Magalhães, que se sentiram lesadas em seus direitos de ir e vir, em posse de pertences pessoais, nas respectivas bolsas, “botaram a boca no mundo”. A rigor, no Facebook, o que equivale a dar ciência ao “mundo”. Bastou a questão cair na rede e o “fafafá” se formou.
A vereadora Jack entrou no debate esclarecendo que a legislação de sua autoria não impedia ninguém de acessar o interior da rede bancária portando bolsas e outros pertences de uso pessoal. A Lei determina que existam guarda-volumes nos bancos para opção de uso dos frequentadores destes locais de transações financeiras.
Por ignorância, má fé ou outra razão de interesse menor o uso malogrado de uma lei com o objetivo de facilitar a vida dos cidadãos estava cumprindo papel inverso. Imagino quanta gente tenha vivido momentos de constrangimento desnecessário em função de comunicação às avessas. E quiçá criminosa.
Enfim, o malogro das advogadas, que são personas públicas com influência na comunidade e bem relacionadas, propiciou reação ao encontrou do encaminhamento de solução de bom termo, em benefício coletivo.
Diante disso se impõe uma séria reflexão a respeito do conhecimento das leis, o que, em tese, deveria ser de domínio de todos os cidadãos. Ora, na realidade e diante de tanta produção legislativa , é patente a ignorância coletiva sobre o tema.  Até porque existem leis totalmente dissociadas do mundo prático. Muita pompa para pouca circunstância.
A publicidade legislativa de real interesse da sociedade é pífia. Muito do que é tratado e produzido neste âmbito permanece “intramuros”. Não é dado saber amplamente por total falta de condições ou por conveniência política, na acepção menor do termo. Lamentável, de todo.
Em Cachoeirinha, por exemplo, a comunicação da Câmara de Vereadores com a sociedade é algo que precisa melhorar, e muito. O presidente da instituição, Luis Henrique Tino (PMDB), tem a obrigação, em função do interesse público, de enfrentar e vencer este desafio.
Por exemplo: a criação de um site dinâmico e atualizado, a veiculação das informações mais relevantes nas redes sociais e transmissões com qualidade das sessões plenárias e das reuniões das comissões temáticas para o acompanhamento on line destas atividades já se constituiriam em progresso significativo. Claro, sem prescindir dos jornais, revistas, rádios e televisão, quando possível.
E tal tarefa não requer esforço hercúleo. Basta tão somente ter a decisão política, na correta acepção do termo, para fazer “rolar os dados”. Enquanto funções estratégicas forem ocupadas por “apadrinhados” deste ou daquele, tendo como razão motora o conchavo e a negociata para aparelhar espaços institucionais, a possibilidade de se viabilizar meios para ampliar a participação da cidadania vai para as “cucuias”.
Como sou otimista, mesmo contra ventos e marés, espero que o vereador Tino não marque sua passagem pelo cargo político e administrativo máximo da Câmara de Vereadores apenas pelo fato de ser cadeirante. Essa é uma condição especial que ele enfrenta – bravamente - e que deve servir de estímulo a outras situações correlatas, vividas por homens, mulheres, adultos e crianças em Cachoeirinha, acolá e alhures. 
Tomara que Luis Henrique Tino se projete e faça história por ações transformadoras e inovadoras. Que sua condição de cadeirante seja lembrada, no tempo e no espaço da história, como elemento simbólico de alguém que, apesar dela, quebrou paradigmas. Inclusive na política da gestão da Casa Legislativa, deixando de lado “pica fumo” do dia a dia. A comunicação institucional com a sociedade pode ser uma pauta de primeira ordem em sua agenda.  A conferir.


Seguidores