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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Política e afins

        *Políticos profissionais transitam pelo dia a dia da vida pública usando e abusando de símbolos e atitudes para se comunicar com a sociedade, e muito especialmente com os eleitores. Assim, criam determinada imagem a partir de posturas. Algumas expressam identidade verdadeira, enquanto outras, na linha do tempo, não passam de caricatura comportamental. Tipo para “inglês” ver.
        *Em Cachoeirinha, por exemplo, o prefeito Vicente Pires (PSB) e o vice-prefeito Gilso Nunes (PMDB), embora tão próximos em função do projeto de poder que os une em dois mandatos, têm posturas políticas diferenciadas, carregadas de simbolismos e que merecem as devidas observações, fundamentalmente por quem tem interesse ou curiosidade pelo que acontece no cenário político deste lado de cá da ponte.
        *O observador medianamente atento sabe, por notícia ou experiência empírica, que Luis Vicente da Cunha Pires não tolera o pensamento divergente do seu. Desafetos dele afirmam que o homem “se acha tanto” que pensa ser uma espécie de reencarnação de outro Luiz, o XV, rei de França. Ora, menos, beeeeeeeeeeeeeem menos.
        *À parte disso, Gilso Nunes, que já foi prefeito e enfrentou ventos e marés no tempo em que o Partido dos Trabalhadores ainda não havia habitado em palácios com telhado de vidro, cultiva o estilo “low profile”.
        *Na Câmara Municipal de Vereadores de Cachoeirinha apenas dois parlamentares estão na oposição: Irani Teixeira (PC do B) e Rosane Lipert (PT). E não são adeptos da máxima “se hay gobierno soy contra”. Eles têm votado com a chamada base governista em projetos de real interesse comunitário. Rosane e Irani nunca foram convidados pelo chefe titular do Poder Executivo para ouvir deles coisa alguma sobre “nadica” de nada.
        *Pois, na semana passada Gilso Nunes, que está no exercício do cargo de prefeito, nas férias do titular, chamou ao seu gabinete o vereador comunista. Encontro formal e respeitoso em duas lideranças que sabem reconhecer méritos e equívocos de parte a parte. Exemplo republicano de como é possível (e até profícua) a convivência civilizada entre os divergentes circunstanciais. Ora, Irani e Gilson vêm de longe e sabem que o futuro ao futuro pertence, por assim dizer.


        *O maior fator demolidor de “ponte política” é a arrogância, irmã gêmea univitelina da prepotência. A primeira se nutre da segunda e vice e versa. Sem educá-las nos valores democráticos mais elementares as duas crescem nutridas por energias que, não raro, produzem como resultado o fundamentalismo, de matizes diversas.
        *Bueno! Existem tratados psicanalíticos de sobra que abordam com clareza solar os perfis humanos, em todos os tempos, de quem escolheu determinadas posturas e caminhos para fazer história.  Interessante, por exemplo, as observações de Siegmund Freud e Jacques Lacan sobre o tema. Em certos aspectos tais espetros cruzam os nossos caminhos no cotidiano.


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