Categorias

Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Política e afins

        * Em poucos dias teremos carnaval, para deleite de foliões e expressivo "contágio" de milhões de brasileiros que se deixarão levar pelo ritmo de cuícas e tamborins.  Nos sambódromos coreografias, luzes e fantasias sempre despertam encantamento no público que lota a arquibancadas e ou se acomoda nos lares na frente da televisão.
        * Depois, para os católicos, que são tidos como maioria no Brasil, vem a Quaresma. Tempo de penitências e renovação, que chega com a celebração da Páscoa. Primeiro a festa da carne, de natureza pagã. Depois a do Verbo que se fez carne, esta no sentido cristão. E na perspectiva do cineasta Federico Fellini, E La Nave Va...
        * Na virada do semestre a loucura toma conta com a Copa do Mundo. Aliás, desde já, a mídia nos faz adentrar numa onda “verde e amarela”. Marketing por todos os lados. Ôba, ôba! A Copa do Mundo é nossa. E a roubalheira nas obras superfaturadas e inconclusas? Que nada. Pouco importa. Afinal, tal sempre aconteceu e assim será. Mas, a Copa é nossa. Se o time de Felipão sagra-se campeão ai, sim, ninguém segura esse País... Que tal?
        * Sorrateiramente, como água em filetes que se espalha de mansinho e pode acabar em tremenda dor de cabeça para os menos atentos, políticos e seus partidos investem na campanha eleitoral que vai eleger deputados estaduais, federais, senadores e presidente da República. A coisa só “vem a furo” pra valer depois que as torcidas abandonarem os estádios, pós Copa do Mundo.
        * E ai, nesta altura do jogo, deste outro “campeonato” as favas já deverão estar contadas. Tudo de acordo com as conveniências do establishment. Tudo fica como está, mesmo parecendo que algo mudou. Mas, vá lá, sediamos a Copa do Mundo. 
        * Tudo muito bem, caso no caminho não apareçam pedras. Estas podem ser no sentido do poema de Drumond ou nos arremessos nefastos dos Black Blocs. Ninguém, a rigor, pode prever o comportamento de massas insatisfeitas com tantas mazelas oriundas da classe política e que acabam por infectar o tecido social, criando um espesso e nauseoso “caldo de cultura”. 
        * Desejável é que, a exemplo das gigantescas e espontâneas manifestações populares acontecidas no meio do ano passado voltassem às ruas de forma pacífica e com a energia cívica para bradar por qualidade de vida “padrão” Fifa. 
        * Bastou um certo “bafo na nuca” da classe política para que algumas reformas políticas, desde há muito mofando em gavetas, fossem implementadas. Poucas, muito poucas, a bem da verdade. Não nos iludamos: Sem o grito das ruas os encastelados nas mais variadas instâncias de poder continuarão a fazer ouvidos de mercador; moucos.
        * Não poderia passar ao largo do que se tem dito a respeito da personagem nacional da semana, a tal Sininho, que emergiu com o assassinato do cinegrafista da Band, Santiago Andrade. Independente do mérito ou demérito de sua militância, essa Elisa Quadros é corajosa. O mundo está caindo em sua cabeça e ela bate pé. Sobra-lhe fibra.


Seguidores