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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


 Políticas e afins

        *Para o cronista político este é um período árido. Políticos estão em recesso e fazem férias. Alguns douram a pele no litoral. Outros tomam o rumo das serras, onde o clima tem maior frescor. Também tem quem opte por permanecer nas “bases”, estreitando laços com o eleitorado que, em sua maioria, não dispõe de meios para se refestelar na praia e tampouco deliciar-se com o frescor serrano.
        *Mas, no litoral ou na serra, político não dorme no ponto. Em qualquer lugar o pensamento de quem vive e sobrevive das urnas está focado na eleição seguinte. E articulações podem ser feitas de qualquer lugar, principalmente quando se tem a disposição infraestrutura e logística, o que não falta para quem tem mandato: telefone, gasolina, internet e assessoria.
        *Aliás, o detentor de mandato larga na frente em relação ao adversário que não dispõe de qualquer “aparato” bancado por parte dos impostos pagos pelo contribuinte. Por vezes, e às custas dos cofres públicos, certos políticos montam verdadeiros feudos eleitorais. Até o observador desatento percebe a situação. Tanto lá, quanto cá.
        *E por falar em cá, lideranças credenciadas pelo governo municipal estão a bradar melhorias que deverão acontecer na região central de Cachoeirinha, custeadas com aportes de verbas federais, oriundas do Ministério das Cidades.
        *Deverão ser construídas, segundo os trombeteiros oficiais, calçadas modelares, ciclovias e áreas de convivência ao logo da avenidda Flores da Cunha, uma das rodovias mais movimentadas do estado; coração econômico do município.
        *Recursos na ordem dos 50 milhões, para incrementar a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Claro, claríssimo que a torcida é grande para que as obras de melhorias na infraestrutura e na paisagem urbana saiam do papel e se transformem em realidade.
        *Porém (Ah! Porém..), não é de hoje que a  construção de calçadas ao longo da Flores da Cunha são cantadas em prosa e verso por candidatos em período eleitoral. Só para refrescar a memória dos esquecidos: em oito anos de administração o prefeito José Stédile (hoje deputado federal) revitalizou duas quadras de calçadas. Uma, inclusive, em parceria com o Sindicato dos Lojistas.
        *Vicente Pires, seu sucessor, já em segundo mandato, construiu apenas mais duas, até aqui. Ritmo de tartaruga perneta. E não é por falta de reivindicação dos comerciantes e pedestres. O grito é permanente, tanto quanto o transtorno pela ausência de obras que poderiam contribuir para embelezar a cidade e humanizar a tal mobilidade urbana.
        *Tudo bem, muito bem, bem-bem: fico na maior torcida para que desta vez a verba federal venha e produza efeitos na qualidade de vida de quem mora, visita e gera impostos neste lado de cá do Rio Gravataí. Não faço coro com os insanos do “quanto pior melhor”. Entretanto, e por motivos concretos, não me filio aos crédulos que dão ouvidos a qualquer “blá,blá,blá”. Principalmente quando se avizinha mais uma campanha eleitoral; oportunidade ímpar para semear sonhos coloridos nas mentes cansadas de imagens em preto e branco.

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