Política e afins
*Embora este ano seja de eleições (quase gerais) o clima de
campanha vai esquentar depois de abril, permeado pelo “climão” da Copa do
Mundo. Mas, até o “clímax do clima” eleitoral o que vai esquentar primeiro
serão os tamborins no Carnaval, no início de março.
*As aulas começam mais cedo, em função do calendário da
Copa. O que significa que as férias no litoral também serão mais curtas. É a
tal influência da Fifa, impondo seu padrão, afetando a vida de quem, inclusive,
não aprecia futebol.
*Depois do silêncio dos tamborins, e do recolhimento da
corte do Rei Momo, é que começa o “carnaval”, no sentido figurado, propriamente:
a Copa do Mundo e as eleições. Mentes entorpecidas pelo frenesi nos estádios,
que custaram os “olhos da cara” em detrimento de outras obras de real função
social. E o “blá,blá,blá” dos candidatos e suas promessas de sempre.
*Sanatório geral, sem “loucos de cara”. No Congresso
Nacional nenhum tema relevante e polêmico, por conseguinte, será discutido e
votado. Quanto maior a cortina de fumaça, tanto maior será a possibilidade da
eleição e reeleição de cretinos.
*Mas, sem desânimo. A história seguirá o seu curso. E quem
der de ombros estará contribuindo para a demora do avanço do ciclo, que ao fim
e ao cabo é virtuoso. Mais do que nunca é imprescindível ligar as “antenas
interiores”, como disse D. Hélder Câmara. Os sinais estão por toda a parte e
indicam movimentos de ordem diversa; ora aqui, ora ali. E acolá também.
*Deste lado de cá da ponte por sobre o Rio Gravataí,
indicativos apontam para o lançamento de algumas candidaturas locais, rumando
em direção à conquista de vagas na Assembleia Legislativa. Além do deputado
estadual Miki Breier (PSB), que deseja permanecer por lá, Irani Teixeira (PC do
B) e Gelson Braga (Solidariedade) também querem “chegar lá”.
*Os dois vereadores não têm nada a perder. Pelo contrário,
estarão (na pior hipótese) preparando as bases para a reeleição em 2016. Terão
espaço institucional para “mostrar a cara”. No caso de Irani e Gelson, como os
partidos são pequenos, o tempo de radio e televisão deverá ser maior.
*Outra vantagem dos vereadores, nesta empreitada, será a
necessária parceria com eles firmada pelos candidatos a deputados federais. Os
pretendentes a cargos eletivos no Congresso Nacional, em Brasília, entram com a
logística pesada para a campanha. Os vereadores estreitarão as “pontes” com os
eleitores. Eis, portanto, a razão elementar para a construção da “dobradinha”.
*Por hora, esta é apenas a ponta do “iceberg” no tabuleiro
do jogo político “paroquial”. As peças e os jogadores começam a acerca-se da
mesa. Todos sabem que a banca recebe e a banca paga. As apostas, claro, estão
abertas...