Política e afins
*A última Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores aconteceu
na terça-feira da semana passada, onde também teve lugar a eleição da Mesa
Diretora que vai comandar o Poder Legislativo em 2014. Neste espaço fiz menção
ao trabalho meritório do vereador Antônio Teixeira (PSB), que presidiu a
instituição durante 10 meses, depois da cassação em primeira instância do
mandato de Joaquim Fortunato, seu colega de partido.
*Antônio Teixeira encontrou a casa em questionável ordem
administrativa e com a imagem abalada com a decisão judicial proferida pela
juíza eleitoral da Comarca. Teixeira produziu uma reforma administrativa de
imediato, descentralizou atribuições, imprimiu transparência e dialogou
exaustivamente com a oposição, dentro e fora da Câmara de Vereadores. Via de
regra, manteve a serena e singular postura de magistrado.
*Como cabe a um comunicador com independência política, fiz
menção a tais feitos . Mais: disse que o vereador Luis Henrique Tino (PMDB) não
vai precisar reinventar a roda e tampouco mudar a rota em sua gestão, caso
queira lograr pleno êxito em seu período administrativo, no próximo ano. E que,
naturalmente, o antecessor vai fiscalizar com lupa o sucessor. E nem poderia
ser de outra forma, pois quem passou pelo comando de alguma empreitada e fez o
correto o dever de casa, tem a obrigação moral e o dever político de fiscalizar
e apontar eventuais equívocos.
*Pois, o vereador Joaquim Fortunato (PSB), que será
vice-presidente de Tino, não gostou do conteúdo do texto, subiu à Tribuna e
“lascou o verbo” contra o colunista. Protegido pela inviolabilidade do mandato,
vociferou indignado. Direito dele. Inobstante sua visão obtusa tenha o tenha
impedido de analisar de forma desapaixonada o que foi escrito. Nem poderia ser
diferente, pois a capacidade para a compreensão mínima de um tratado político
platô é proporcional à compleição física do parlamentar.
*Mas, francamente, não tenho a menor intenção de provocar
Fortunato ao debate de ideias e conceitos, dado o abismo intelectual existente
entre nós. E neste particular, especificamente, não é elegante que eu recorra
ao artifício da modéstia. Chamá-lo para o embate intelectual seria contrariar
todos os princípios que aprendi a admirar em Sócrates, o pensador grego, quando
estudei filosofia.
*Para Sócrates a virtude consiste na retidão do caráter,
buscando o desenvolvimento de sua razão; de seu conhecimento. Ora, quem chama à
praça o oponente em condição inferior, para dele escarnecer, envereda em mão
contrária ao caminho que conduz à virtude.
* Por mim, Joaquim Fortunato, e quem mais quiser segui-lo,
pode continuar a bradar contra a opinião que expresso, nesta página e na contra
capa do jornal Correio de Cachoeirinha. Na contra capa colorida, página inteira
sob minha responsabilidade, o espaço é para o glamour, o “fru-fru”, o parabéns
à você e coisa e tal. Aqui o viés é outro; o “bicho” pega. Não por acaso a página é em preto e branco.
E, novamente declino da modéstia: para realizar esta tarefa é indispensável ter
independência econômica, cultural e política. Sem tais pré-requisitos o texto
fica reduzido a “fru-fru”. O leitor minimante atento percebe. E desdenha, com
razão.
*Bueno! Então é Natal e o Ano Novo já bate à porta. Boas
festas. Importa que busquemos sempre motivos para brindar. Gracias aos
leitores. Muito particularmente ao Moacir Menezes e à Carol Candido,
proprietário do Grupo 2M e editora do Correio de Cachoeirinha, respectivamente.
Espero continuar tendo a oportunidade de contribuir com o meu ponto de vista,
que é a vista do ponto onde me encontro. Como cidadão, gosto de ficar atento
aos movimentos políticos e deles participar, buscando a maior distância
possível da passionalidade. Tenho respeito por todas as opiniões. Aceito a
discordância com naturalidade, mas não me curvo à arrogância e à trapaça. Tim-tim!