Política e afins
*Nesta quarta-feira o presidente da
Câmara de Vereadores recebe a imprensa para um café da manhã. Antônio Teixeira
fará um relatório de suas atividades à frente do Poder Legislativo. Vai dizer
da economia e da racionalização que sua gestão operou no parlamento municipal.
E principalmente de sua postura democrática no comando da instituição. Este,
por certo, será um legado do qual terá motivos para olhar-se no espelho e não
desviar os olhos da própria face.
*Dificilmente seu substituto, seja
ele quem for, terá a mesma independência e capacidade política para administrar
com igual tranquilidade os conflitos políticos típicos da pluralidade que
caracterizam o Poder Legislativo.
*Sem Antônio Teixeira na presidência
da Câmara de Vereadores a oposição, como dois e mais dois são quatro, vai
enfrentar um embate mais aguerrido. Antônio, mesmo integrando a base do
governo, não se prestava ao papel de “cavalo do comissário”.
*Pois, hoje à noite entra em pauta
na Ordem do Dia das votações na Câmara de Vereadores um Projeto de Lei, oriundo
do Poder Executivo, isentando a empresa de ônibus Stadtbus de cobrança de
Imposto Sobre Qualquer Natureza (ISSQN).
*O governo municipal justifica a
renúncia de tais tributos alegando que se trata da contra partida da prefeitura
para que não haja aumento de passagens. Sendo assim, os outros segmentos de
prestação de serviços também carecem de tal benesse para não aumentar preços.
*Outro projeto que deve gerar polêmica
na s votações desta terça-feira é a isenção do ITBI para uma grande fabricante
de autofalantes localizada no Distrito Industrial de Cachoeirinha.Fontes
primárias apontam para a possibilidade de manifestação do Sindicato dos
Metalúrgicos na Câmara de Vereadores.
*Aliás, o setor imobiliário está
insatisfeito, para dizer pouco, com o brutal aumento do ITBI previsto para
2014. O grito da categoria é grande. O aumento deste imposto sobre a
transmissão de bens tem combustível para se transformar em fator de inibição de
negócios e retração da economia.
*Alguém pode imaginar a Feira do
Livro de Porto Alegre acontecendo no Lami, na Restinga ou no bairro Sarandi?
Claro que não. O principal evento literário da cidade tem lugar na região
central do município. Pois, em Cachoeirinha a lógica enveredou pela contra mão
do bom senso. Deslocaram a 27ª Feira do Livro para o distante bairro Granja
Esperança. Dá para entender?
*A verdade é que faltou dinheiro para o evento cultural. Má
gestão, incompetência ou desleixo do governo municipal com a cultura? Eles
estão devendo uma explicação convincente. E não venham com o “lero-lero” da
descentralização. Esta conversa não
convence.