Política e afins
*Antônio Teixeira (PSB), que deixará na virada do ano a
presidência da Câmara de Vereadores de Cachoeirinha, já limpou as gavetas.
Passará a ocupar outro gabinete e novo espaço no âmbito do Poder Legislativo
municipal.
*Em janeiro deverá distribuir à comunidade boletim
informativo de seus atos administrativos e políticos durante os 10 meses de sua
gestão na Câmara de Vereadores. O material está recheado de conteúdo que
merecem passar pela análise dos eleitores e da população, em geral.
*Com a retomada das atividades parlamentares, a partir de
fevereiro, Teixeira terá que produzir fatos impactantes no cotidiano de sua
atuação parlamentar para continuar merecendo a atenção da mídia, o que não lhe
faltou em 2013. Principalmente em razão de sua postura de magistrado no trato
das questões de real interesse público.
*Na semana passada o vereador Luis Henrique Tino (PMDB), que
vai comandar a Câmara de Vereadores em 2014, fez seu primeiro movimento em
direção ao prefeito Vicente Pires (PSB). Foi ao gabinete do chefe do Poder
Executivo em visita protocolar. A propósito: o movimento não deveria ter sido
ao contrário?
*Em Cachoeirinha o prefeito Vicente Pires não se contentou
em ter maioria em sua base parlamentar de sustentação política. Desejava
governar sem oposição, com a porteira sempre aberta, por onde passa livre boi e
boiada, sem qualquer obstáculo.
*Mesmo com dois vereadores antagônicos, Irani Teixeira (PC
do B) e Rosane Lipert (PT), no âmbito do parlamento, via de regra, os interesses
políticos e administrativos de Vicente não sofrem revés. Também por lá ele é o
senhor do “raio e do trovão”.
*Ora, tal espectro é excelente para o governante da ocasião,
mas um desastre para a democracia. Sem a possibilidade do embate equilibrado o
debate a respeito dos reais interesses do conjunto da sociedade sai
prejudicado.
*Depois das eleições de 2014 emergirá das urnas nova
formatação de forças políticas e os olhos, os ouvidos e o faro dos agentes políticos
se fixarão em 2016, quando serão eleitos os prefeitos e vereadores.
*Aliás, muitas das pontes que facilitarão caminhos para 2016
já terão bases construídas em 2014. Ou dinamitadas. Em boa medida os
“interesses de paróquia” serão levados em conta no acerto de quem acompanha
quem no pleito do ano que chega amanhã.
*Nesta derradeira coluna do ano, desejo aos leitores que o
Ano Novo nos encontre com fé e disposição para enfrentar os ventos e marés nos
próximos 12 meses. E, para não perder a oportunidade poética, recomendo pensar
no dizer de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se alma não é pequena (...)”.