Política e afins
O vereador Gelson Braga saiu do PTB. Migrou para o
Solidariedade, partido do Paulinho da Força, o líder sindical paulista que hoje
é deputado federal. Outro partido “mais do mesmo”. Em Cachoeirinha o vereador
Braga já foi “o cara” no partido do “finado Getúlio”, como se referem a
agremiação alguns próceres petebistas em
momentos informais. Reni Tolentino, uma das raposas de pelos mais felpudos e
que opera como poucos nos bastidores da política neste lado de cá da ponte, foi
dominando o território e tomou para si espaços onde outrora Gelson Braga
“cantava de galo”. Sob a orientação de Tolentino o partido cresceu e ampliou a
bancada na Câmara de Vereadores. Pegou preço e foi retribuído pelo prefeito
Vicente Pires (PSB) para fazer parte de sua base de apoio. Incomodado com a
redução de sua importância no conjunto do novo espectro partidário, Gelson
pegou o boné e partiu para tentar voltar a brilhar, quase como estrela
solitária. E para não fugir do “mais do mesmo” anunciou da tribuna da Câmara na
terça-feira da semana passada que tudo será como antes em sua relação com o chefe
do Poder Executivo. Continua na base do governo.
Este Solidariedade nasce “esquisito”, caso o vereador Gelson
Braga fale por si e os seus novos companheiros, Claudemir Botelho e Terry
Lacerda. Estes dois estavam na coordenação da campanha de Ana Fogaça (P-Sol),
que concorreu a prefeita nas eleições passadas. Todos sabem o quanto ela e os
seus bateram em Vicente Pires.
Nas manifestações de junho, que começaram pelo rebaixamento
das passagens, Terry Lacerda esteve è frente do movimento em Cachoeirinha, onde
o alvo político das passeatas era justamente a figura do prefeito municipal, em
função de um brutal aumento que ele concedeu à empresa de transportes Stadtbus.
A julgar por tal quadro e pelo pretérito de Botelho e
Lacerda em relação a Vicente, fica difícil compreender a adesão de Gelson Braga
de imediato à base governista. Da parte do vereador surpresa nenhuma, caso se
confirme o que disse semana passada. Surpresa será a mudança de humores dos
outros dois integrantes da Comissão Provisória do Solidariedade.
Bueno! Em política, da forma pragmática como tem sido
praticada em todos os cantos país, como raras exceções, Magalhães Pinto é que
tinha razão ao afirmar que ela é como nuvens. Você olha e ela está de um jeito.
Olha novamente e ela já mudou de lugar.
E no sábado o “espírito jaguncista”, como se refere às
“peleias brabas” um amigo do sertão das Alagoas, que transita comercializando
produtos pelas ruas de Cachoeirinha, tomou conta da Convenção do PMDB. A
escaramuça acabou com lideranças se “atracando”, em vias de fato.
Reflexo da divisão interna, mesmo que lideranças tenham
anunciado “consenso” na formação do novo diretório. Em verdade, alguns
peemedebistas estão cansados de continuar sendo linha auxiliar no comando da
prefeitura da cidade, onde já governaram por vários anos.
Algumas lideranças entendem que o PMDB deve voltar ao
protagonismo. E como 2016 já não está
tão distante os acertos para o pleito municipal que se avisinha começam a
entrar na ordem do dia dos partidos e, por conseguinte, de quem tem ambições
maiores, como é caso da conquista do Paço Municipal. Daí, pois, a ebulição de
ânimos.
A pergunta é para o secretário municipal de Trânsito e
Transportes, Jorge Silva: Todas as paradas de ônibus já têm a listagem de
horários e itinerários dos coletivos?