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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


 Tiro no pé


        A Constituição da República Federativa do Brasil declara que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são independentes e devem manter relações harmônicas, para o bem do País. 
       Em Cachoeirinha, prefeito Vicente Pires (PSB) tem a obstinação de construir não apenas maioria na casa legislativa do município, mas ter por lá a quase totalidade dos vereadores em sua base de governo, com exceção de Irani Teixeira (PC do B) e Rosane Lipert (PT). Os outros 15 são aliados obedientes ao Chefe do Poder Executivo.  Senhores do amém. 
       Pois, as motivações que levaram multidões às ruas em junho também tiveram efeito por aqui. Milhares exigiram redução no preço da passagem nos ônibus da empresa Stadtbus. A pressão, naturalmente, passou pela prefeitura e chegou à Câmara de Vereadores. Com o chamado “bafo na nuca” os políticos encontraram a solução para baixar as tarifas: O prefeito, que deveria resolver a questão através de reengenharia financeira em sua administração, se empenhou para que o Poder Legislativo contribuísse com a demanda. Sem esquecer que também sobrou para os idosos, que perderam o benefício do Passe Livre. Agora só podem circular com gratuidade duas vezes por dia.         Mas, o que os vereadores fizeram foi abrir mão de preciosos recursos de receita da Câmara, valores que deveriam ser usados para equipar e qualificar o Poder Legislativo, cuja função precípua é fiscalizar os atos do Poder Executivo.  
        Ora, com menos recursos, teoricamente, menor a condição de a Câmara de Vereadores cumprir o seu papel fiscalizador. E sem as assessorias técnicas e os meios devidos os vereadores tanto mais “comem na mão de quem balança o berço”.  Simples assim. Ora, esta “parceria” política caiu como uma luva para o prefeito, que determinou a redução das passagens. Os vereadores foram a reboque. Noves fora, ficaram no prejuízo. Mas, eles sabem por quem “os sinos dobram”.  Afinal, fiscalizar com eficiência para que? Na próxima eleição tudo será como dantes, no castelo do Abrantes. Será? A conferir.

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