Notas
- Na semana passada o vereador Deocécio Melo (PMDB)
livrou-se de uma Comissão Processante para apurar denúncia que poderia levá-lo
à cassação do mandato. O conjunto de seus pares não encontrou justificativa
plausível para levar em frente o requerimento, que foi arquivado. Mas, ele sentiu
o famoso “bafo na nuca”.
-Hoje á noite outro vereador do PMDB também verá examinado
requerimento para a instalação de Comissão Processante. A “bola da vez” é
Maurício de Medeiros, que sofreu apontamentos do Tribunal de Contas em função
das prestações de contas ( com o devido perdão do trocadilho) ao tempo em que
presidiu a Câmara de vereadores, na legislatura passada.
-Até as barrancas do Rio Gravataí sabem que Medeiros tem
enormes chances de contar com o “espírito de corpo” da maioria de seus colegas
na casa legislativa para se livrar desta situação “pendular”. Porém, o caso está em análise no âmbito do
Ministério Público. E ai, a rigor, ninguém saberá por antecipação “por quem os
sinos dobram”.
-Antônio Teixeira (PSB), que preside o Poder Legislativo, revelou
à coluna, na sexta-feira, que não imaginava a ocorrência de tanta “atipicidade”
nesta sua gestão à frente da presidência da Câmara de vereadores.
- Mesmo assim, se diz feliz um vivenciar o que chama de
“ebulição da democracia”. Tal começou a ocorrer, segundo ele, com os grandes
movimentos populares de junho. E, do lado de cá da ponte, com o aumento
qualificado das bancadas de oposição, com as quais não encontra problemas de
relacionamento político.
- Somente os prepotentes e déspotas não toleram o contraditório.
Aliás, até o observador menos atento não encontrará maiores dificuldades em
identificar tais perfis, inclusive do lado de cá da ponte.