Categorias

Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Notas
        *Na semana passada a Câmara de Vereadores aprovou Projeto de Lei enviado àquela casa legislativa pelo prefeito Vicente Pires (PSB) retirando o Passe Livre dos idosos acima de 60 anos, e que recebessem até três salários mínimos regionais. A partir da promulgação da nova legislação os usuários desta faixa etária só poderão ir e vir, sem pagar passagem, duas vezes por dia.
        *Há quase três décadas o então prefeito Francisco de Medeiros (PMDB) havia instituído a medida, antecipando à Constituinte de 1.988, que estabeleceu a gratuidade para os idosos acima dos 65 anos.
        *A revogação do Passe Livre para os idosos em Cachoeirinha teve para os apenas três votos contrários. A saber: Irani Teixeira (PC do B), Rosane Lipert  (PT) e Maurício de Medeiros (PMDB). Irani e Rosane fazem parte do bloco oposicionista. Maurício é linha de frente da base aliada, controlada pelo governo municipal. O que leva à conclusão de que o seu voto não foi um ato político, em essência, mas apenas gesto afetivo para não trair a “memória” do tio Medeiros, de quem se julga herdeiro político.
        *Estranho é o silêncio dos movimentos sociais diante do prejuízo sofrido pelos idosos. Clubes de Mães, União das Associações de Moradores, Sindicatos, Conselho do Idoso e “etc e tal” deram de ombros. Nem um pio. Silêncio obsequioso.
        * Em tempos outros os partidos de oposição (o PT era especialista na tática) mandavam confeccionar cartazes com o “rostinho” dos chamados “traidores do povo” e colavam em locais de intensa circulação para dar ciência pública de como os tais se posicionavam em votações tidas como contrárias aos interesses populares.

        *Hoje a apatia prevalece. Dos partidos e da própria sociedade. Fazer o que, diante de tanta inércia? Quem desconhece os processos cíclicos da história perderia por completo a esperança. Os que se interessam pela dialética, ao contrário, percebem que estas etapas também fazem parte da “gestação” de movimentos que conduzem às novas fases. E vêm em ondas. Por vezes “tsunâmicas”. Outras sutis, mas incessantes. 

Seguidores