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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.


Causa e Efeito



          O prefeito de Cachoeirinha, Vicente Pires (PSB) e sua base de sustentação política na Câmara de Vereadores, anunciaram a redução no preço das passagens nos ônibus e nas lotações seletivas. Passarão, pois, de R$ 2,80 para 2,60 e de R$ 3,80 para 3,50, respectivamente. 
         A iniciativa veio a reboque do grito das ruas, que já clamava pelo rebaixamento no ano passado, quando o chefe do Poder Executivo autorizou a concessão de brutal reajuste. À época, centenas de estudantes, majoritariamente, criaram o movimento Juventude em Ação e foram protestar na frente da prefeitura. Teve quem, inclusive, desacreditasse da iniciativa popular. Logo depois foi a vez de Porto Alegre e, em seguida, multidões ganharam as ruas do Brasil.
         A um só coro, a reivindicação ultrapassou a pauta dos chamados vinte centavos. A exigência continua sendo por qualidade nos serviços públicos e ética na política. Do lado de cá da ponte milhares também marcharam pela principal avenida da cidade. E, recentemente, a pressão, que já havia chegado à sede do governo municipal, avançou em direção à Câmara de Vereadores. Bafo na nuca, direto. Claro, os parlamentares começaram a sentir o “desconforto” de lidar com os “anseios populares”. Deixaram a zona de conforto e, ligeirinho, encontraram solução combinada com o prefeito para atender o pleito. 
         Baixaram as passagens. Então, tudo certo? Claro que não. É preciso mais, muito mais. Esta medida isolada não passa de cortina de fumaça para tentar aliviar a pressão dos descontentes com os rumos da administração municipal. Os centavos a menos no preço das passagens se constituem em “arranjinho” de ocasião. Outras pautas relevantes deverão ser apreciadas na Câmara de Vereadores, por onde tem passado “boi e boiada”, criando condições para atender ao projeto político do estabellischment local. Razão pela qual a sociedade deve acompanhar tais movimentos e posicionar-se para garantir avanços na transparência da gestão pública. E zelo, por óbvio. A grande lição deixada pelas manifestações de junho é uma só: político precisa ser marcado de cima. Simples assim.

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