A passagem do Papa Francisco por terras brasileiras, além
reunir multidões que participaram da Jornada Mundial da Juventude no Rio de
Janeiro, deixou um legado de austeridade e simplicidade, coisa incomum para
lideranças mundiais desta magnitude. Francisco, por certo inspirado no Santo de
Assis, o amigo dos pobres e da natureza, fez questão de abdicar das pompas e
das circunstâncias, tanto o quanto pode.
Obviamente, há que se compreender que
um líder religioso de uma igreja milenar e que acumula a condição de chefe de
Estado precisa se submeter a regramentos protocolares necessários para que
transite em segurança e com o mínimo de comodidade.
Ademais, conclamou a
juventude a não se acomodar e a lutar por dignidade e pelos valores cristãos. O
que vale dizer, por uma sociedade mais justa e fraterna. Ora, então há que se
lutar para que os bens e serviços, especialmente os públicos, estejam em função
dos reais interesses e necessidades da população, e em especial dos mais
carentes. Saúde, educação, habitação, segurança e outros indispensáveis ao bem
estar coletivo precisam estar na ordem do dia de quem tem o poder efetivo pela
execução de políticas públicas. Francisco voltou a Roma e segue em seu pontificado, que promete ser um
divisor de águas para o mundo católico. O que também estimula o mundo laico a fixar
o olhar na postura de Francisco, e no conteúdo emblemático do seu discurso.