Desdobramentos da Arapongagem
Na semana passada o secretário municipal da Segurança e
Direitos Humanos de Cachoeirinha, Airton Espíndola, deixou o cargo depois de
uma gravação onde ele, supostamente, faz comentários depreciativos em relação a
integrantes da Guarda Municipal e outros funcionários públicos. Sobrou até para
vereadora Jack Ritter (PSB), colega de partido do ex-secretário. A queda de
Espíndola não botou um ponto final no episódio lamentável. Integrantes da
corporação receberam o apoio do Sindicato dos Municipários e lotaram o plenário
da Câmara de Vereadores, na terça-feira. Foram dizer ao Poder Legislativo que
exigem respeito e o conseqüente pedido de desculpas por parte do prefeito
Vicente Pires (PSB). Um ato público para “turbinar” o repúdio às maledicências está marcado para esta sexta-feira, a partir das 14h, na frente da prefeitura.
Ora,
a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito não contribuiria para
esclarecer devidamente o imbróglio? E mais: é líquido e certo que os atingidos
pelas ofensas buscarão na justiça a reparação de danos. Claro, claríssimo que o
Município, e não apenas o ex-secretário, será instado em juízo com base na tese
da Responsabilidade Objetiva do Estado. E, se condenado, a conta será paga,
obviamente, pela sociedade cachoeirinhense. Ao fim e ao cabo, sempre sobra para
o contribuinte.