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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.



QUANDO POUCOS VALEM POR MUITOS


       Na política, como na vida, é preciso estar atento aos movimentos para deles extrair lições fundamentais para alicerçar perspectivas que apontam para além dos limites da transitoriedade. Caso contrário quase tudo vira falta de esperança, desânimo e imobilismo. O fim da linha...
              Na semana passada os vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, eleitos pelo P-Sol na Capital dos Gaúchos, souberam interpretar o “clamor dos estudantes”, que saíram às ruas de Porto Alegre, exigindo o rebaixamento das passagens de ônibus. Aliás, uma das mais caras do país. De R$ 2,85 pulou para R$ 3,05. Pedro e Fernanda entraram com Ação Cautelar provocando o Poder Judiciário a examinar o pleito da “voz das ruas”. Pois, um juiz sensível aos movimentos sociais e entendendo ser legítima a ação acolheu liminarmente a demanda.
             Via de regra, o Poder Executivo, em todas as esferas da República, atrai parlamentares que muitas vezes usam a desculpa da tal “governabilidade” para usufruírem benesses indisfarçavelmente fisiológicas. Então, fica a equivocada impressão de que aqueles que não se agregam a esta “zona de conforto” ficarão apenas nadando contra a maré; como se fosse apenas uma questão de tempo para que a corrente contrária os jogassem à margem dos grandes feitos, oriundos do “círculo do poder”.
             A conquista judicial, até aqui, e a acertada ação política dos dois vereadores do P-Sol mostra que existem enormes espaços de trabalho em função dos reais interesses da coletividade, pouco importando se a tarefa cabe à maioria ou à minoria. São nos momentos decisivos que, não raro, poucos valem por muitos.

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