OS DESAFIOS DO CORONEL
- " O coronel terá pela frente a missão de resgatar a auto-estima da corporação e a confiança da sociedade."
Depois da repercussão nas redes sociais e na imprensa por
conta de suposta cravação fazendo comentários desairosos em relação a membros
da Guarda Municipal de Cachoeirinha e outros funcionários de carreira, entre
eles a vereadora Jack Ritter (PSB), Airton Espíndola deixou o cargo de
secretário municipal de Segurança e Direitos Humanos, na sexta-feira. Embora o
governo do prefeito Vicente Pires (PSB) tenha tentado “blindar” o colaborador,
sugerindo que o caso não envolvia interesse público, o fato ameaçador de
desgaste de monta incalculavel obrigou a chefe do Poder Executivo a tomar
medidas urgentes para estancar a sangria política.
Outro militar da reserva, o coronel Acácio Batista Ramos foi
nomeado para substituir o tenente, que “pediu para sair”. Acácio, por óbvio,
vai pegar um verdadeiro “rabo de foguete”, deixado por seu antecessor.
Experiente, o coronel terá pela frente a missão de resgatar a auto-estima da
corporação e a confiança da sociedade neste aparelho de segurança. E mais: torna-se imperativo, doravante, maior
transparência nas ações desta importante secretaria municipal, que tem a
responsabilidade de ser a “guardiã dos direitos humanos”. Se quiser, Acácio encontrará condições
políticas favoráveis para conclamar as entidades representativas da comunidade
cachoeirinhense e mostrar que veio para desenvolver um trabalho eminentemente
profissional. Aliás, a julgar por sua graduação, ele tem todas as condições
técnicas para levar a cabo operações diferenciadas em favor da cidadania, do
lado de cá da ponte. Fora desta perspectiva, o coronel viverá à sombra da nódoa
do passado recente.