Papo Reto com
Jack Ritter
Jack, sem a menor dúvida, é uma mulher que nasceu para
brilhar, embora tenha enfrentado ventos e marés, vida afora. De personalidade
marcante e independente, é aguerrida na defesa de seus pontos de vista. A
professora entrou para o serviço público pela porta do concurso. Da escola ela
saltou para funções executivas à frente das secretarias da Educação e
Administração, nos governos de José Stédile e Vicente Pires (PSB), onde diz ter
implantado métodos e políticas de valorização dos servidores municipais na
prefeitura de Cachoeirinha.
Colunista: Depois de longo tempo à frente de funções
executivas, como a senhora se sente como legisladora e fiscalizadora?
Vereadora: Estou feliz neste início de uma etapa importantíssima de minha vida.
Minha adaptação é rápido às novas realidades. Percebo que posso contribuir para
o debate em vista de uma cidade melhor, onde as pessoas possam viver melhor,
com os seus direitos mais elementares assegurados. Por conta disso, o nosso
mandato, e esse nosso não é um eufemismo, mas uma construção coletiva, tem um
grande eixo de ação em desenvolvimento e que denominamos de Projetos Carinhosos
de Cidadania.
Colunista: Em que consiste?
Vereadora: Transformar em Leis
maneiras de facilitar e dignificar a vida dos cachoeirinhenses. Começamos
aprovando por unanimidade a Lei que institui o guarda-volumes na rede bancária.
Será um lugar onde os clientes poderão deixar, com segurança, seus objetos e
transitar sem constrangimento pelas portas giratórias. Tudo foi muito
discutido. Em contatos diretos e através de pesquisas nas redes sociais. Outros movimentos virão por aí...
Colunista: A senhora é servidora pública de carreira. Quando
foi secretária da Educação e da Administração afirma ter implementado ações que
resultaram em vantagens diversas para os servidores do município. Há pouco a
senhora ajudou a aprovar o Projeto de Lei que permite a chamada
terceirização de alguns serviços, como merendeiras e serventes. A senhora não
teve ser chamada de traidora pela categoria?
Vereadora:Não, pois este projeto não vai
causar perda de emprego e tampouco diminuirá a qualidade dos serviços
prestados. O governo, ao qual pertenço, entende que teremos mais produtividade
e agilidade. Quem vai ganhar é o contribuinte, o conjunto da população. Defendo
minha categoria e, de fato, sempre tive atitudes parceiras em função dos
legítimos interesses da categoria a que pertenço. Outra coisa é luta
corporativa em detrimento de causas maiores.
Colunista: As eleições de 2014 já estão na ordem do dia. O
que a senhora acha de uma eventual renúncia de mandato por parte do prefeito
Vicente Pires (PSB) para concorrer a deputado?
Vereadora: Esta pauta não foi
apresentada pelo meu partido para debate racional. E, acho que não é tempo para
a discussão desta especulação. Entretanto Vicente Pires tem uma caminhada
pessoal de superação e vem tendo sucesso na carreira política, o abre caminho e
o qualifica para construir outros projetos. Caso ele deseje fazer esta opção,
talvez a Assembléia Legislativa possa ser uma possibilidade a ser pensada. Mas
esta conversa ainda é apenas especulativa. O PSB municipal e regional saberão
encaminhar com serenidade a escolha de candidaturas para 2014. Não podemos
esquecer que temos um deputado estadual atuante e que tem todas as chances de
reeleição, que o professor Miki Breier, também do meu partido.