PODE? PODE!
A chamada “base aliada” do governo do prefeito Vicente Pires
(PSB), na Câmara de Vereadores de Cachoeirinha, não tem a menor personalidade
política para fazer o Poder Legislativo funcionar com a mínima autonomia, como
um dos pilares institucionais da República. Claro, um ou outro vereador até
ensaia esboço de “resistência”. Só ensaia. Convenhamos, quem ousaria enfrentar
o dono da caneta, que nomeia e exonera? Depois da cassação do presidente da
Câmara de Vereadores pela Justiça Eleitoral, em meados de janeiro, o vereador
Antônio Teixeira (PSB), que no primeiro dia do ano bateu chapa e perdeu para o seu
colega de partido, Joaquim Fortunato, o cassado, viu renascer a esperança de
assumir a presidência da casa legislativa, em nova eleição marcada para o dia
19. Mas, pelos movimentos capitaneados pelo prefeito Vicente Pires, não é de
duvidar que Teixeira sofra mais uma “rasteira”.
Os primeiros alinhavos de um
acordão para a permanência do PTB no principal cargo de direção da instituição
já mostram os caminhos da costura. Somente os ingênuos poderiam achar que o
chefe do Poder Executivo iria cruzar os braços e deixar que se criasse uma Mesa
Diretora composta, de forma plural, com representantes de partidos da oposição
em detrimento dos espaços do PMDB e PTB. Francamente, em política os ingênuos e
românticos estão fadados a carreira de curto percurso.