ESTAVA ESCRITO...
Nesta terça-feira os vereadores de Cachoeirinha voltam a escolher a Mesa Diretora da casa legislativa. No mês passado o presidente, eleito no primeiro dia do ano, foi cassado pela Justiça Eleitoral por compra de votos. Joaquim Fortunato(PSB) recorreu da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral,e espera a decisão do mérito. O escândalo, sem precedentes na história do Poder Legislativo do lado de cá da ponte, alimentou ilusões em alguns parlamentares com espírito mais republicanos de que, a partir do fato, novos ventos pudessem levar alguma independência e vigor no debate político travado na Câmara de Vereadores. Mesmos integrantes do partido e da base de sustentação do governo do prefeito Vicente Pires (PSB) ensaiaram passos para caminhar nesta direção.
Na volta das férias, o chefe do Poder Executivo reassumiu o comando da situação e decidiu a melhor composição para tocar sem sobressaltos o seu governo e o projeto político que acalenta. Como uma espécie de "CB Durão", aquele que era o dono da bola, do time, do apito e árbitro do jogo, "enquadrou" os"rebelados". Estes, sem causa política com o viés ideológico mais robusto, debandaram-se para a zona de conforto, com endereço sabido na região do pragmatismo. E deixou esperneando o pequeno foco oposicionista, que chegou a sonhar com a possibilidade de ver uma composição diretiva mais pluralista vingar no dia de hoje.
Francamente, quanta ilusão! Até as barrancas do Rio Gravataí sabem que ninguém deles, salvo prova em contrário, ousaria enfrentar a caneta cheia de tinta de Vicente Pires, que tanto pode ser usada para nomear ou exonerar. Uns e outros até rangem dentes, mas não arriscam