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Pois é...

Incentivado pelos amigos, resolvi entrar na onda do blog. Este meio de expressão não tem pretensão maior no campo literário, por assim dizer. Desejo, tão somente, partilhar o olhar sobre os acontecimentos que observo ao derredor. Meu compromisso é com a informação, sem preconceito de natureza alguma.
Espero que os leitores participem deste espaço, enviando manifestações. Todas serão acolhidas com espírito democrático. Portanto, façam contato.



EM CENA, O “PESO PESADO”



        Para começo de conversa, o título do texto não carrega nenhuma alusão à compleição física do prefeito Vicente Pires (PSB). Tal particularidade não tem a menor importância para o colunista. Relevante, aqui, é o seu “peso político” e a influência de tal no âmbito dos rumos administrativos em sua gestão à frente dos negócios públicos na prefeitura de Cachoeirinha.
       Quando estourou o processo de cassação do presidente da Câmara de Vereadores, Joaquim Fortunato (PSB), o prefeito estava em férias. E por lá ficou. Deixou que o escandaloso “tsunami” político envolvendo o Poder Legislativo levasse com ele o que tivesse que arrastar. É claro que Vicente não deve ter desligado o telefone celular para dedicar-se a bucólicas pescarias na praia de Imbé, onde possui residência. Sem dúvida, monitorava em tempo real os estragos causados pela defenestração de seu companheiro de partido.  Neste período de afastamento, em conjugação com o recesso parlamentar, alguns dos “rebeldes” que apoiaram a chapa de Antônio Teixeira (PSB) contra a de Fortunato, no primeiro dia do ano, voltaram a alimentar esperanças de conquistar espaços na casa legislativa do município e fazer uma gestão transparente e respeitosa em relação aos mais elementares fundamentos do estado de direito democrático. Léguas longe da prática adotada por Joaquim Fortunato e seus parceiros em 2012. Aliás, é voz corrente que sua administração, no ano passado, é merecedora de uma auditoria profunda. Depois de cassado pela Justiça Eleitoral, por compra de votos, a necessidade de “passar a limpo” seus atos na presidência da Câmara de Vereadores é mais do que uma necessidade. Até para atenuar seu desgaste político, caso, ao fim e ao cabo, constate-se a lisura de sua conduta administrativa.
        Mas, doravante, Vicente Pires entra em campo, com tudo, para influenciar no processo eleitoral envolvendo os vereadores de sua base aliada. Até os menos avisados sabem que sem a parceria da Câmara de Vereadores qualquer prefeito terá imensas dificuldades para governar. Vicente precisa desta tranqüilidade a fim de tocar as obras que justifiquem este seu segundo mandato. E que poderão, em futuro não muito distante, servir para alavancar alguma trajetória política rumo a Assembléia Legislativa ou à Câmara dos Deputados, em Brasília. Ou alguém pensa que depois de mais quatro anos de mandato o prefeito vá se dedicar a jogar anzóis ao mar para fisgar peixes de menor compleição física no Litoral Norte. Aliás, por falar em peixe, somente estes nadam contra a maré, mas no período da piracema.


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