PARA REFLETIR...
Vivemos tempos de saturação da atividade partidária, em
geral. Exceto por aspectos pontuais, todos os partidos se tornaram “meio
iguais”. As chamadas experiências de poder, via de regra, acabaram por ferir de
morte alguns dos alicerces basilares da finalidade da política partidária: a
conquista dos aparelhos de Estado para gerir os bens e serviços em função da
coletividade.
Aqui, em Cachoeirinha, começa a chamar atenção o movimento de
jovens que, em seu conjunto, se agrupa fora da vida partidária para atuar
politicamente. De forma quase espontânea e usando as redes sociais para a sua
mobilização, o grupo Juventude em Ação tem mostrado fôlego para interferir e
marcar presença. Estes meninos e meninas querem, enfim, mostrar que existe vida
fora das estruturas dos partidos políticos, com suas lideranças que
não se renovam, carcomidas pelo ranço das práticas do “toma lá e dá cá”.
É triste, muito triste, mas quando um partido político abre
mão de sua identidade doutrinária para se transformar em balcão de negócios
contribui para desinteressar os cidadãos das chamadas “coisas da política”. E,
sendo assim, quem, a rigor, vai perder tempo com esta gente?