O ‘Fator H’ da eleição
Durante o curso de uma contenda eleitoral, nem sempre o resultado final, que é vontade do eleitorado expressa nas urnas, resulta na chamada “lógica”. Um acontecimento extraído do contexto pode mudar o curso da história e inverter a equação.
É o tal Fator H.
Muitas vezes basta um ato simbólico para alterar o estado de humor dos eleitores. Pode ser pequeno ou grande, este ato. Basta que tenha conteúdo condutor de desconfiança. E nada pior, para minar um projeto, do que a falta de confiança no resultado final.
Que ninguém se engane, a campanha deste ano não será morna, nem insossa. Ao contrário, deverá empolgar os eleitores. As chamadas redes sociais já dão sinal do que vem por aí. Perguntas e provocações começam a pipocar nas páginas virtuais, que terão papel significativo na formação da opinião e na mobilização popular. Especialistas já se dedicam a estudar a matéria. Já é possível influenciar pessoas sem botar o pé na rua.
Basta argumentar, na tela do computador, e disparar a opinião para centenas de “amigos” em rede. Trata-se de momento diferenciado, mais dinâmico e direto. Neste caso o tal Fator H pode ganhar o caminho do rastilho de pólvora. As eleições presidenciais na França, domingo, mostraram claramente como mudar o humor do eleitor, dependendo das circunstâncias.